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Política Oposição no Senado reforça ofensiva para derrubar aumento do IOF

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Líder do grupo na Casa, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou o projeto para pôr abaixo decretos do governo

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
(Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apresentou nesta sexta-feira (23) projeto que derruba as mudanças anunciadas pelos governo sobre as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A iniciativa se soma a outro projeto de mesmo teor apresentado pela bancada da oposição na Câmara dos Deputados.

A proposta de Marinho barra o decreto do Executivo que elevou o IOF e a outra norma publicada pouco depois para revogar parte das primeiras medidas divulgadas, após a repercussão negativa no mercado financeiro. Horas depois do anúncio, o Executivo recuou da ideia de aumentar o IOF em investimentos de fundos nacionais no exterior – que continuará com alíquota zero, após a revogação.

Para Marinho, o recuo mostrou “improviso, falta de estudos técnicos e total ausência de articulação institucional”, por parte do Executivo. “O governo também extrapolou a natureza regulatória do IOF ao adotá-lo como medida central para o equilíbrio fiscal de curto prazo, o que reduziria a necessidade de contingenciamento por meio de medida puramente arrecadatória”.

O aumento no IOF foi anunciado pela área econômica do governo neta semana. A ideia é aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. De forma conjunta, o Executivo também anunciou o congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025 com o objetivo de cumprir o arcabouço fiscal.

Ainda segundo Marinho, o aumento do IOF resulta em “severas distorções tributárias e insegurança jurídica”. Ele argumenta que a medida prejudica a competitividade das empresas brasileiras e pode afetar investimentos no exterior, além de “comprometer a credibilidade da política econômica”.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o conjunto de ajustes no IOF pode causar impacto de arrecadação de R$ 61,5 bilhões até 2026, sendo R$ 20,5 bilhões neste ano. “As normas em questão propõem aumento de mais de 60% na arrecadação do IOF, o que claramente extrapola a natureza extrafiscal e regulatória deste imposto”, avaliou Marinho.

O projeto do parlamentar ainda precisa receber um despacho do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para começar a ser analisado formalmente pelos senadores.

Oposição reage

Na Câmara, além de barrar o decreto do governo, a bancada da oposição também quer convocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as mudanças no IOF. O requerimento foi apresentado na CFFC (Comissão de Fiscalização Financeira e Controle) e ainda precisa ser pautado e ir à votação.

Nas redes sociais, parlamentares e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm reforçado críticas ao anúncio do governo. Para o ex-chefe do Executivo, as novas alíquotas podem “desestimular investimentos e encarecer o acesso ao crédito, com efeitos negativos sobre a economia brasileira”.

Recuo do governo

Após a forte reação do mercado, o governo decidiu recuar em dois pontos específicos: o aumento do IOF sobre fundos com aplicação no exterior e sobre remessas de investimentos de pessoas físicas para fora do País.

Assim, a alíquota do IOF sobre aplicações de fundos nacionais no exterior, que havia sido elevada para 3,5%, foi revertida para 0%. Já a alíquota sobre remessas ao exterior para fins de investimento permanece em 1,1%.

As outras medidas anunciada foram mantidas. Entre as mudanças está a unificação da alíquota de 3,5% para todas as remessas e pagamentos no exterior, como compras em sites internacionais, saques em viagens e carregamento de cartões pré-pagos.

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https://www.osul.com.br/oposicao-no-senado-reforca-ofensiva-para-derrubar-aumento-do-iof/ Oposição no Senado reforça ofensiva para derrubar aumento do IOF 2025-05-24
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