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Notícias Oposição se reposiciona, abandona “bolsonarismo” e quer adotar direita no nome

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Bolsonaro afirmou não saber o valor dos itens. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Em meio ao desgaste que enfrenta Jair Bolsonaro por seu envolvimento em tramas golpistas, membros da oposição deram início a uma espécie de “rebranding”. Sai o título de “bolsonaristas” e entra o de “representantes da direita conservadora”.

Deputados e senadores que estiveram nos Estados Unidos no mês passado se reuniram com nomes da direita de lá e identificaram a tendência como uma forma de manter a coesão do grupo no Brasil. Além de tentar evitar o contágio da rejeição que Bolsonaro adquiriu após o 8 de janeiro, eles dizem que só interessa à esquerda reduzir a oposição ao bolsonarismo. Os aliados do ex-presidente dizem que ele mesmo deu a senha para a empreitada, ao declarar nesta semana que “não existe bolsonarismo”.

“Se ele mesmo diz que não existe bolsonarismo, então corta essa”, disse um aliado, hoje dono de uma cadeira no Senado. No PL da Câmara, a conversa vai na mesma direção.

Governadores

Governadores eleitos no rastro do bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), adotaram o antipetismo e a defesa do liberalismo econômico como estratégias na disputa pela parcela da direita que repele Jair Bolsonaro (PL).

Os políticos, vistos como interessados no espólio eleitoral do ex-presidente caso ele perca força até 2026, têm se equilibrado entre os acenos à base mais conservadora e os discursos de relacionamento republicano com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até aqui, eles vêm reduzindo a ênfase em bandeiras ideológicas do bolsonarismo e em agendas caras à extrema direita. Os ataques golpistas de 8 de janeiro reforçaram a tendência de afastamento, sobretudo depois que o ex-presidente entrou na mira da investigação.

Oposição

Tarcísio, por exemplo, frustrou apoiadores de Bolsonaro por atenuar a defesa de pautas radicais e preferir uma linha técnica na maior parte das áreas da gestão.

Ao mesmo tempo, a oposição ao PT ganhou fôlego. O caso mais evidente é o de Zema, que difundiu a tese sem comprovação de que o governo federal teria feito “vista grossa” aos ataques em Brasília para se vitimizar.

Para definirem suas linhas de oposição a Lula e de relação com Bolsonaro, os governadores levam em conta, de um lado, a necessidade de manter um canal com o governo para viabilizar projetos e, de outro, a constatação de que políticos tachados como traidores pelos bolsonaristas acabaram naufragando.

Ex-ministro, Tarcísio é o que tem laços mais próximos com o bolsonarismo. Porém diferentemente de Zema, que está em segundo mandato, ele ainda tem a opção de buscar a reeleição antes de se lançar para o Palácio do Planalto.

Por isso, aliados de Tarcísio afirmam que ele deve se dedicar à gestão, e não à política, já que para se viabilizar para qualquer cargo terá que apresentar resultados. Segundo interlocutores, ele descarta se engajar na oposição a Lula por enquanto.

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