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Saúde Organização Mundial da Saúde diz que surto de varíola dos macacos pode ser contido e confirma 131 casos fora da África

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OMS diz que a inatividade física custará cerca de US$ 27 bilhões anualmente entre 2020 e 2030. (Foto: OMS/Divulgação)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (24) que havia 131 casos confirmados de varíola dos macacos e 106 outros casos suspeitos desde que o primeiro foi relatado em 7 de maio fora dos países onde geralmente se espalha.

Embora o surto seja incomum, ele pode ser contido e limitado, disse a OMS, que está convocando mais reuniões para apoiar os Estados-membros com mais conselhos sobre como lidar com a situação.

A varíola dos macacos é uma infecção viral geralmente leve que é endêmica em partes da África Ocidental e Central. Ela se espalha principalmente por contato próximo e, até o recente surto, raramente era vista em outras partes do mundo. A maioria dos casos recentes foi relatada na Europa.

“Encorajamos todos vocês a aumentar a vigilância da varíola dos macacos para ver onde estão os níveis de transmissão e entender para onde estão indo”, disse Sylvie Briand, diretora da OMS para Preparação Global para Riscos Infecciosos.

Ela afirmou que não está claro se os casos são a “ponta do iceberg” ou se o pico de transmissão já passou.

Em declarações na Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, Briand reiterou a opinião da OMS de que é improvável que o vírus tenha sofrido uma mutação, mas disse que a transmissão pode estar sendo impulsionada por uma mudança no comportamento humano, principalmente quando as pessoas voltam a socializar à medida que as restrições da covid vão sendo retiradas no mundo todo.

Muitos casos, mas não todos, foram relatados em homens que fazem sexo com homens, e Briand disse que é particularmente importante tentar prevenir a transmissão sexual.

A varíola é uma das doenças mais mortais que já existiu, e estudos sobre múmias egípcias sugerem que ela pode estar circulando entre nós há pelo menos 3 mil anos. Só no século 20, calcula-se que a varíola matou cerca de 300 milhões de pessoas.

Felizmente, a varíola se tornou a primeira doença erradicada da história há mais de 40 anos, quando a OMS certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de vacinação global.

Agora, a varíola dos macacos está causando o maior surto da doença já visto na Europa. Cientistas estão investigando o que está acontecendo.

No momento, as autoridades médicas afirmam que as chances de uma transmissão descontrolada são baixas e apontam que sua letalidade está longe daquela causada pela varíola humana.

Especialistas apontam que a varíola dos macacos é muito mais branda e menos contagiosa do que a versão humana da doença.

A seguir, entenda as diferenças entre os dois vírus, que pertencem à mesma família de Orthopoxvirus:

Mortalidade

Quão mortal é a varíola dos macacos?

Essa é a principal pergunta que muitos se fazem ao ouvir falar de uma doença desconhecida. Especialmente se ela compartilha o nome com uma das mais mortíferas da história.

“Felizmente, a varíola dos macacos é muito mais branda do que a versão humana da varíola”, explica Raúl Rivas González, professor de microbiologia da Universidade de Salamanca, na Espanha.

A varíola humana tinha duas versões: varíola maior e varíola menor. A maior era a mais mortífera — com mortalidade em 30% dos casos de infecção. A menor causava doenças mais leves e raramente levava à morte.

Algo parecido acontece com a varíola dos macacos, embora com taxas de mortalidade mais baixas. Existem duas versões: da África Ocidental e da África Central.

“A da África Ocidental é a mais branda, com mortalidade entre 1% e 10%, e parece ser a que está causando o surto na Europa”, diz Rivas. “A da África Central, por outro lado, é mais virulenta e perigosa e pode matar cerca de 20% dos infectados”, acrescenta.

Transmissão

Ao contrário do coronavírus ou até mesmo da varíola humana, em que o patógeno é altamente transmissível, a varíola dos macacos é menos contagiosa.

“É um vírus que transmite muito bem entre animais, mas quando ele passa de animal para humano, ele não tem alta capacidade de transmissão”, diz Lorenzo Morales.

As autoridades médicas observam que ainda não há muita informação sobre as possíveis rotas de transmissão entre humanos nos surtos atuais.

Até onde se sabe agora, o vírus é transmitido principalmente por meio de contatos próximos e trocas de fluidos corporais. Muitos dos casos na Europa parecem estar ligados à transmissão sexual.

Mas todas as vias possíveis estão sendo estudadas, como a transmissão indireta por meio de objetos contaminados e até aerossóis.

A origem da varíola é desconhecida. No caso da varíola dos macacos, foi chamada assim porque foi descoberta em colônias de macacos mantidas para pesquisa em 1958.

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