Domingo, 20 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer renomear a doença conhecida como varíola dos macacos e pediu a ajuda do público para encontrar uma designação menos estigmatizante para a enfermidade que está se disseminando rapidamente.
A organização vem há semanas manifestando preocupação com o nome da doença, que foi descoberta em humanos em 1970 na África e permanecia restrita àquele continente até maio, quando espalhou-se pelo mundo.
Especialistas advertem que o nome atual pode ser estigmatizante para o continente africano e para os primatas, que lhe deram o nome mas desempenham pouco papel em sua propagação. Recentemente, foram relatados casos no Brasil de pessoas atacando macacos por medo de doenças.
“A varíola dos macacos recebeu seu nome antes das práticas atuais de nomeação de doenças”, disse a porta-voz da OMS, Fadela Chaib, a jornalistas em Genebra. “Queremos realmente encontrar um nome que não seja estigmatizante.”
Origem
A varíola dos macacos recebeu esse nome porque o vírus foi originalmente identificado em macacos mantidos para pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença é encontrada em vários animais, e mais frequentemente em roedores.
A doença foi descoberta pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, com a propagação entre humanos desde então limitada principalmente a certos países da África Ocidental e Central, onde é endêmica.
Apesar de o vírus poder saltar de animais para humanos, os especialistas da OMS insistem que a recente propagação se deve à transmissão por meio do contato íntimo entre humanos.
A OMS anunciou na semana passada que um grupo de especialistas já havia concordado com alguns possíveis novos nomes para as variantes, ou clados, do vírus da varíola dos macacos.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (19) a importação de medicamentos e vacinas contra a monkeypox (varíola dos macacos) sem registro no Brasil. A medida foi aprovada em caráter excepcional e temporário.
A medida não dispensa de fato o registro, mas estabelece uma forma de autorizar produtos para monkeypox de forma mais rápida no país.
Os diretores da agência foram unânimes no voto a favor da dispensa de registro para importação.
A aprovação significa que:
— o Ministério da Saúde pode solicitar à Agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados em outros países;
— as condições do medicamento ou da vacina devem ser as mesmas das aprovadas em outras agências reguladoras;
— o pedido de dispensa de registro será avaliado, com prioridade, pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até 7 dias úteis;
— a medida simplifica a análise de documentos e facilita o acesso da população aos medicamentos ou vacinas.