Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2017
As famílias brasileiras gastam em média R$ 189 mensais com seus animais de estimação. É o que aponta um levantamento feito com internautas pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Entre os consumidores das classes A e B, a média é de R$ 224 mensais.
A pesquisa mostra que 61% dos entrevistados consideram seus animais de estimação como um membro da família e listam alimentação saudável, saúde e conforto para dormir como os principais cuidados com os bichos. O levantamento revela ainda que 21% nunca deixam de comprar algo para seus animais de estimação por falta de dinheiro.
No total, 76% dos brasileiros com acesso à internet possuem animais de estimação, sendo que os cachorros são os mais comuns (79%), seguidos dos gatos (42%) e pássaros (17%). Fecham a lista os peixes (13%), tartarugas (6%) e roedores (5%).
Mercado
“A composição da cesta de compras dos donos de animais de estimação está mudando. É cada vez maior a demanda por cuidados especializados, além de produtos que atendem às características específicas dos animais. Moda e estética, alimentação saudável, hospedagem, atendimento em casa, exercícios físicos e saúde comportamental são algumas das áreas que deverão se desenvolver intensamente nos próximos anos”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Para ele, o tratamento humanizado dos pets é uma tendência que abre inúmeras oportunidades de negócios e evidencia a força de um mercado bilionário que deve se diferenciar ainda mais nos próximos anos.
Os produtos e serviços mais adquiridos para cuidados com cães ou gatos são as rações (88%), seguidos dos shampoos e condicionadores (57%), petiscos (52%), medicamentos e vitaminas (50%) e brinquedos (44%).
Mais da metade (52%) dos entrevistados disse que só alimenta seus animais de estimação com rações da linha premium. Nas classes A e B esse número sobe para 62%. O levantamento aponta ainda que 21% dos donos oferecem comida natural, feitas exclusivamente para os cães e gatos.
Planos de saúde (33%), serviços de spa (23%), assinaturas mensais de caixas com brinquedos (20%) e idas frequentes ao veterinário (20%) são os mais citados dentro dos produtos e serviços que os entrevistados gostariam de adquirir, mas não o fazem por falta de dinheiro.
Quase a totalidade (99%) dos entrevistados garante cuidar de alguma forma da saúde de seus pets, sendo que 63% zelam pela higiene, como banho e tosa, e 58% mantêm os exames periódicos e as vacinas em dia.
Afeto
A pesquisa aponta que os donos não veem seus animais de estimação como mera fonte de despesas. Apenas 8% dos entrevistados associam seus animais de estimação a gastos financeiros e 2% os veem como sinônimo de problemas ou dores de cabeça. Os principais sentimentos despertados entre os entrevistados são amor (61%), alegria (61%), companheirismo (59%) e amizade (52%). Para os entrevistados, os aspectos negativos de se ter um pet são não ter com quem deixá-lo quando viajam (53%) e a sujeira que eles fazem em casa (47%).
Muitos donos gostariam de integrar seus animais de estimação a esferas além da vida cotidiana. A pesquisa aponta que 62% entrevistados sentem falta de espaços públicos que permitam a permanência de pets com os donos. Além disso, uma parcela expressiva afirma dar preferência a lugares onde a presença dos animais é permitida (46%).
Segundo o SPC Brasil, em um primeiro levantamento, foram ouvidos 796 consumidores com o objetivo de identificar o percentual de entrevistados que possui animais de estimação. Em seguida, um novo levantamento foi realizado com 610 casos para identificar as características das pessoas que têm animal de estimação. A margem de erro foi de 3,5 pontos percentuais para o primeiro levantamento e 4 pontos para o segundo levantamento.