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Por Redação O Sul | 12 de abril de 2021
Já são sete semanas consecutivas de aumento de casos globais de covid-19 e quatro semanas de aumento de mortes pela doença em todo mundo, alertou nesta segunda-feira (20) o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
“Em janeiro e fevereiro, o mundo viu seis semanas consecutivas de declínio de casos”, disse Tedros. “Já vimos sete semanas consecutivas de aumento de casos e quatro semanas de aumento de mortes. A semana passada foi o quarto maior número de casos em uma única semana até agora.”
Vários países da Ásia e do Oriente Médio viram grandes aumentos de casos, segundo ele. Os aumentos ocorrem apesar de mais de 780 milhões de doses de vacina serem administradas globalmente, disse ele, acrescentando que as vacinas são uma ferramenta vital e poderosa, mas não a única.
Ele enfatizou que as medidas de saúde pública – uso de máscara, distanciamento físico, ventilação, higienização das mãos, vigilância, testes, rastreamento e isolamento – funcionam para impedir infecções e salvar vidas.
“A confusão, a complacência e a inconsistência nas medidas de saúde pública e sua aplicação estão impulsionando a transmissão e custando vidas”, disse Tedros. “É necessária uma abordagem consistente, coordenada e abrangente.”
“Longe de acabar”
Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou também nesta segunda que a pandemia do coronavírus “está longe de acabar”, mas ponderou que há “vários motivos para ser otimista”.
“Esta pandemia está longe de acabar, mas temos vários motivos para ser otimista. A queda no número de casos e mortes nos primeiros dois meses do ano nos Estados Unidos mostra que o vírus e suas variantes podem ser parados”, disse o diretor-geral.
O chefe da OMS disse em entrevista coletiva ser possível controlar a covid-19 “dentro de alguns meses” se ações coordenadas de saúde pública forem criadas e respeitadas pela população, e também se o acesso igualitário à vacinação for garantido pelos governos.
O chefe da agência de saúde da ONU fez também um apelo aos mais jovens. Segundo ele, parece que muitas pessoas desta população “parecem não se preocupar com a covid por serem mais novos”.
“[A idade] não importa se você pegar covid-19. Essa doença não é uma gripe. Pessoas jovens, saudáveis, morreram”, afirmou o diretor-geral.