Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2019
Não é segredo que a vida do empreendedor é dureza e que eles precisam estar sempre prontos para encarar os altos e baixos dos problemas diários, especialmente quando falamos do Brasil e suas peculiaridades.
Hoje em dia os negócios precisam de atenção 24 horas por dia e, se é o olho do dono que engorda o gado, também é o olho do empreendedor que precisa estar sempre atento para não perder oportunidades e/ou não perder dinheiro.
Estar sempre em estado de alerta contínuo não é algo saudável para a maioria das pessoas, mas a grande maioria dos pequenos empreendedores não tem muita opção, pois a construção de um negócio é quase feita de muito sacrifício.
O professor Michael Freeman, da Universidade da Califórnia, e mais outros colegas de Stanford e Berkeley realizaram um extenso estudo dos problemas e dificuldades que os empreendedores sofrem. Me parece, em uma opinião totalmente empírica, que os números no Brasil, onde as condições são mais desafiadoras, devem ser muito, muito piores.
Conforme a pesquisa norte-americana, os empreendedores têm: 50% mais chances de ter problemas mentais; 2 vezes mais chances de sofrer de depressão; 6 vezes mais chances de ter TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade); 3 vezes mais chances de fazer abuso de álcool e drogas; 10 vezes mais chances de desenvolver bipolaridade; 2 vezes mais chances de experimentar pensamentos suicidas; e 2 vezes mais chances de ser internado em um hospital psiquiátrico.
Estes números são realmente assustadores. E são números dos Estados Unidos, onde o ambiente de empreendedorismo é notoriamente amigável. Parou para pensar no Brasil?
Um efeito secundário da crise que vivemos no País é que muitas pessoas estão sendo empurradas ao empreendedorismo por pura necessidade, sem os devidos preparos técnico, financeiro e emocional. Fica o chamado de socorro.
Gosma alucinógena
Uma substância leitosa e psicoativa secretada das glândulas de um sapo norte-americano pode ser bastante potente no tratamento da depressão, aponta um estudo publicado na revista científica Psychopharmacology.
A pesquisa analisou as propriedades do Bufo alvarius, também conhecido como Sapo do Rio Colorado, que vive no sudeste dos Estados Unidos e no norte do México. O anfíbio libera de suas glândulas um líquido branco que contém um composto chamado 5-MeO-DMT, psicodélico da classe das triptaminas relacionado à Dimetiltriptamina (DMT) — esta é encontrada em alucinógenos como a ayahuasca. A gosma do sapo (desidratada e depois fumada) tem sido usada em tratamentos alternativos para distúrbios psíquicos e, segundo relatos, ela leva a um estado místico no qual o ego desaparece completamente.
Pesquisadores analisaram o efeito da substância em 42 participantes. Os resultados indicam que os níveis de depressão diminuíram 18% um dia após a inalação do composto, a ansiedade reduziu 39% e o estresse, 27%. Quatro semanas depois, os resultados foram maiores: as taxas de depressão baixaram 68% e as de ansiedade e estresse, 56% e 48%, respectivamente.
Ainda não se sabe bem de que forma a substância age como antidepressivo, mas o estudo aponta que o 5-MeO-DMT pode estimular a neurogênese, isto é, a formação de novos neurônios no cérebro.
Os autores, contudo, falam com cautela do uso da substância. Ela pode ser extraída do sapo sem machucar o animal, mas os pesquisadores temem a exploração do anfíbio no mercado negro. De todo modo, outro estudo, conduzido por Johns Hopkins, mostrou que uma forma sintética do 5-MeO-DMT também tem efeitos positivos no tratamento da depressão e da ansiedade — 80% dos participantes apresentaram melhora.