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Brasil Funcionários da Vale e engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem em Brumadinho são presos

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Brumadinho ainda enfrenta diversos problemas causados pelo rompimento da barragem. (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil cumpriram, na manhã desta terça-feira (29), mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Minas Gerais contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), que se rompeu na sexta-feira (25). Em Minas Gerais, foram cumpridos outros três mandados de prisão contra funcionários da Vale.

A prisão dos engenheiros da TÜV SÜD Makoto Namba e André Yassuda ocorreu nos bairros de Moema e Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista. Eles foram levados para a sede da Polícia Civil. As ordens são de prisão temporária, com validade de 30 dias, e foram expedidas pela Justiça no domingo (27).

Em MG, foram presos Cesar Augusto Paulino Grandchamp, geólogo da Vale; Ricardo de Oliveira, gerente de Meio Ambiente da Vale; e Rodrigo Artur Gomes de Melo, gerente-executivo do Complexo Paraopeba da Vale.

Suspeita de documentos fraudados

A Polícia Federal de São Paulo também participou da operação e cumpriu dois mandados de busca e apreensão em empresas que prestaram serviços para a Vale.

Os investigadores do Ministério Público e da polícia apuram se documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale e que atestavam a segurança da barragem que se rompeu, foram, de alguma maneira, fraudados.

Executivos

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou na segunda-feira (28) que executivos da Vale podem ser penalizados pelo rompimento da barragem da empresa em Brumadinho e que a mineradora precisa ser responsabilizada severamente.

“É muito importante que o sistema de administração de Justiça dê uma resposta eficiente dizendo que esse caso, esse tipo de responsabilidade, deve ser tratado como prioridade dentro do sistema de Justiça”, disse Dodge a repórteres em um evento em São Paulo. “É também preciso responsabilizar severamente do ponto de vista indenizatório a empresa que deu causa a esse desastre, e também promover a persecução penal”, afirmou. “Executivos podem ser penalizados também”, prosseguiu.

A Vale suspendeu o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, a recompra de ações de sua própria emissão e os pagamentos de remuneração variável a executivos, após o rompimento da sua barragem de mineração em Brumadinho. A companhia não especificou de imediato por quanto tempo vale a suspensão.

As decisões aconteceram em reunião extraordinária do Conselho de Administração da mineradora, que ainda aprovou a criação de dois Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário.

Um dos comitês terá como objetivo acompanhar as providências destinadas à assistência às vítimas e à recuperação da área atingida pelo rompimento da barragem em Brumadinho, enquanto o segundo será voltado à apuração das causas e responsabilidades pelo rompimento da barragem.

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https://www.osul.com.br/os-engenheiros-que-atestaram-a-seguranca-da-barragem-que-se-rompeu-em-brumadinho-foram-presos/ Funcionários da Vale e engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem em Brumadinho são presos 2019-01-29
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