Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2018
Estados Unidos e Coreia do Norte tiveram conversas secretas e diretas para preparar a cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, informou neste sábado a “CNN”, citando fontes da Casa Branca.
Segundo a emissora, o diretor da CIA, Mike Pompeo, e uma equipe dessa agência estiveram trabalhando através de canais de inteligência para arranjar os preparativos para a cúpula.
Funcionários de inteligência americanos e norte-coreanos conversaram em várias ocasiões e inclusive se reuniram em um terceiro país com o objetivo de estabelecer um local para as conversas.
Embora o regime norte-coreano não tenha declarado publicamente o convite de Kim Jong-un para se reunir com Trump, que foi transmitido através da Coreia do Sul, vários funcionários dizem que a Coreia do Norte reconheceu a aceitação de Trump, e Pyongyang reafirmou que Kim está disposto a discutir a desnuclearização da península coreana
Segundo as mesmas fontes, os norte-coreanos estão pressionando para ter a reunião em sua capital, Pyongyang, embora não esteja claro se a Casa Branca aceitaria.
A capital da Mongólia, Ulaanbaatar, também foi apontada como possível candidata a sediar a reunião, disseram as fontes.
Funcionários de inteligência de ambos os países estão tratando as bases para uma reunião entre Pompeo e seu homólogo da Coreia do Norte, o chefe do Escritório Geral de Reconhecimento, antes da cúpula dos líderes.
Assim que o local for definido, os funcionários disseram que será estabelecida uma data e discutida a agenda com mais detalhes, embora o objetivo seja realizar a cúpula no final de maio no início de junho.
Como um dos assessores de segurança nacional mais confiável de Trump, Pompeo liderou os esforços de preparação desta cúpula enquanto aguarda o Senado confirmá-lo como próximo secretário de Estado, após a demissão de Rex Tillerson no dia 13 de março.
Trump criticou OMC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a OMC (Organização Mundial de Comércio) na sexta-feira (6), ao afirmar que o órgão é injusto com o seu país e oferece vantagens à China. Ele reconheceu contudo que a taxação dos EUA sobre as exportações chinesas pode gerar prejuízos no curto prazo.
“A China, que é uma grande potência econômica, é considerada uma nação em desenvolvimento dentro da OMC. Por isso, ela tem tremendas vantagens e benefícios, especialmente sobre os Estados Unidos. A OMC é injusta com os EUA”, disse o presidente americano por meio do Twitter.
Contra-ataque
As declarações foram dadas depois de Trump ter anunciado ontem que estuda impor mais US$ 100 bilhões em tarifas à China, valores que se somariam aos US$ 50 bilhões já anunciados pelo governo americano, como um contra-ataque as taxas impostas por Pequim nesta semana.
Perguntado sobre as possíveis consequências nos EUA de uma guerra comercial, como alertam vários economistas, Trump reconheceu a possibilidade de prejuízos ao país no curto prazo. “Mas as bolsas subiram 40%, 42%, pode ser que percamos um pouco disso. Mas vamos ter um país muito mais forte quando acabar. É algo que temos que fazer”, afirmou ele em uma entrevista à rádio WABC.
A China apresentou nesta quinta-feira à OMC um processo formal contra os Estados Unidos pelos US$ 50 bilhões em tarifas.
Trump vem reiterando que não entrou em guerra comercial com a China porque os EUA já “perderam essa batalha há muitos anos”. Para ele, prova disso é o déficit comercial americano com Pequim.