Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Light Rain with Thunder

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Os Estados Unidos enfrentam atritos com empresa que testa vacina candidata contra o coronavírus e temem “inexperiência”

Compartilhe esta notícia:

A vacina da Moderna é 90% eficaz contra a covid-19 e 95% eficaz contra as formas graves da doença. (Foto: Reprodução)

No momento em que os Estados Unidos tentam acelerar pesquisas por uma vacina contra o novo coronavírus, tensões crescentes têm ocorrido entre cientistas que compõem o governo americano e a Moderna Inc, uma das companhias que lideram a corrida por um imunizante. A informação foi revelada por fontes ouvidas pela Reuters.

Também nesta terça-feira (7), a Casa Branca anunciou um investimento sem precedentes de R$ 8,5 bilhões em uma das concorrentes da Moderna, a Novavax. O governo americano está financiando o projeto da vacina da farmacêutica com quase US$ 500 bilhões e escolheu seu modelo, baseado em RNA, para ser o primeiro a entrar na fase de testes em humanos em larga escala no país.

Mas a empresa, que nunca produziu uma vacina aprovada ou sequer conduziu um ensaio de grandes proporções, tem protagonizado enfrentamentos com os cientistas que integram o corpo técnico da administração federal no processo. Há, por exemplo, atrasos na entrega de protocolos de testes. Além disso, a Moderna resiste às recomendações científicas, segundo três fontes ligadas diretamente ao projeto.

As tensões, que não eram públicas até agora, contribuíram para um atraso em mais de duas semanas para o lançamento de mais uma tapa de testes da vacina, agora esperada para o fim de julho. Na avaliação de uma das fontes, a Moderna “poderia estar em dia se fosse mais cooperativa”.

Algumas desavenças levantaram preocupações pela relativa inexperiência da jovem empresa de biotecnologia e até mesmo a falta de especialização e funcionários para avançar na fase mais crítica dos testes com humanos. Os EUA não estão enfrentando o mesmo problema com farmacêuticas consolidadas no mercado, como a AstraZeneca e a Johnson & Johnson, que conduzem testes avançados com vacinas candidatas.

Várias companhias que desenvolvem potenciais imunizantes contra o coronavírus Sars-CoV-2, como a Moderna, estão cooperando com o Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) e com a Food and Drug Administration, equivalente à Anvisa brasileira, e com uma rede de imunologistas e especialistas em vacinas escolhidos pelo NIH para ajudar na supervisão dos ensaios clínicos.

“Diferenças”

A Moderna negou qualquer desencontro de sua parte mas reconheceu “diferenças de opinião” com especialistas envolvidos nos esforços sem precedentes para cumprir a promessa do presidente americano, Donald Trump, de entregar uma vacina em questão de meses. Usualmente, imunizantes demoram uma década para serem desenvolvidas, e muitos esforços falham neste período. A empresa diz, ainda, que conta com um time “experiente” que inclui profissionais com experiência em testes de larga escala.

“Não tem sido fácil ou tranquilo. Ninguém fez algo parecido com isso antes. Nem a Moderna, nem o NIH. nem nenhuma das outras companhias”, afirmou Ray Jordan, porta-voz da Moderna, à Reuters. “Tem ocorrido, claro, diferenças de opinião. Mas acreditamos que sempre estiveram amparadas em boas intenções.”

Em uma das desavenças, executivos da companhia resistiram à insistência de especialistas quanto ao monitoramento de possíveis alterações nos níveis de oxigênios de voluntários testados que indicassem, por sua vez, potenciais complicações. Enquanto outras empresas concordaram em seguir a recomendação, a Moderna classificou a sugestão como um “incômodo” que atrasaria os trabalhos, segundo fontes. Jordan, por sua vez, afirmou que a companhia acabou concordando com “algum tipo de monitoramento” dos pacientes.

Apesar das turbulências, a Moderna se mantém à frente de outras empresas na corrida pela vacina contra a Covid-19, ao menos segundo posicionamentos do governo americano e das próprias companhias. Fundada há uma década, a firma superou outras concorrentes muito maiores, mas ainda enfrenta problemas com o tamanho do quadro de funcionários e a capacidade de operação na velocidade exigida para o desenvolvimento de uma fórmula eficaz em tempo recorde.

AstraZeneca e Johnson & Johnson também estão em fase avançada nos trabalhos, mas estariam pouco atrás da Moderna nos Estados Unidos. No mês passado, no entanto, a Organização Mundial da Saúde classificou a fórmula candidata da AstraZeneca, produzida em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), era a mais promissora a nível global.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Universidades dos Estados Unidos planejam reabrir campus somente para alguns estudantes
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo realizaram um estudo em pessoas infectadas pelo HIV e conseguiram eliminar o vírus do organismo
https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-enfrentam-atritos-com-empresa-que-testa-vacina-candidata-contra-o-coronavirus-e-temem-inexperiencia/ Os Estados Unidos enfrentam atritos com empresa que testa vacina candidata contra o coronavírus e temem “inexperiência” 2020-07-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar