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Mundo Os Estados Unidos foram acusados de boicotar a resolução da ONU que incentiva a amamentação

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A agência informou que uma mulher com suspeita ou confirmação da doença precisa seguir algumas medidas quando estiver isolada. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos ameaçaram alguns países em um esforço para boicotar uma resolução da Assembléia Mundial da Saúde, da ONU, de apoio ao aleitamento materno, informou o jornal “The New York Times”.

Com base em décadas de pesquisa, a resolução diz que o leite materno é mais saudável para as crianças e os países devem se esforçar para limitar o marketing impreciso ou enganoso dos substitutos do leite materno.

Segundo o jornal americano, as autoridades americanas tentaram modificar a resolução tentando tirar o trecho que diz que os governos tem que “proteger, promover e apoiar a amamentação” e outra passagem que pedia aos legisladores que restringissem a promoção de produtos alimentícios que muitos especialistas dizem ter efeitos negativos em bebês.

Quando este objetivo não foi alcançado, a delegação americana teria partido para ameaças. O jornal cita mais de uma dúzia de participantes de vários países, que pediram anonimato por medo de retaliação dos EUA.

Ainda segundo a reportagem, a delegação dos EUA ameaçou a ajuda militar e comercial ao Equador, que apresentaria a resolução no encontro da Assembleia em Genebra, e conseguiu que o país não apoiasse a resolução. Pelo menos uma dúzia de países, em sua maioria mais pobres, também desistiram do apoio a resolução por medo de retaliação americana.

Coube à Rússia apresentar a resolução. De acordo com o “NYT”, os EUA não fizeram ameaças aos russos e por fim não conseguiram boicotar a medida.

Segundo o “Times”, a posição dos EUA está alinhada com os fabricantes de fórmulas infantis. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos, a agência líder no esforço para modificar a resolução, explicou a decisão de contestar a redação da resolução, mas disse que não estava envolvida em ameaçar o Equador.

Um porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (DSSH) dos EUA disse ao jornal que a resolução original “colocava obstáculos desnecessários para as mães que buscam fornecer nutrição para seus filhos”.

A porta-voz do DSSH, Caitlin Oakley, disse em uma declaração que os EUA “têm uma longa história de apoio a mães e amamentação em todo o mundo e é o maior doador bilateral de tais programas de assistência estrangeira”.

“As questões que estão sendo debatidas não são sobre se a pessoa apoia o aleitamento materno”, disse ela. “Os Estados Unidos estavam lutando para proteger as habilidades das mulheres de fazerem as melhores escolhas para a nutrição de seus bebês. Muitas mulheres não são capazes de amamentar por uma variedade de razões, essas mulheres não devem ser estigmatizadas; elas devem ser igualmente apoiadas com informações e acesso à alternativas para a saúde de si mesmas e de seus bebês”, completou.

O Departamento de Estado se recusou a comentar dizendo que não poderia comentar as discussões diplomáticas privadas.

Indústria de alimentos para bebês

Apesar de lobistas da indústria de alimentos para bebês participarem das reuniões em Genebra, os defensores da saúde disseram que não viram nenhuma evidência direta de que eles tenham desempenhado um papel nas táticas de Washington.

A indústria de US$ 70 bilhões, que é dominada por algumas empresas americanas e européias, viu as vendas se estabilizarem nos países ricos nos últimos anos, à medida que mais mulheres adotam a amamentação. No geral, as vendas globais deverão crescer 4% em 2018, segundo a Euromonitor, com a maior parte do crescimento ocorrendo nos países em desenvolvimento.

A intensidade da oposição à resolução do aleitamento materno das autoridades de saúde pública foi descrita pelos diplomatas estrangeiros como um contraste marcante com a administração Obama, que em grande parte apoiou o OMS.

Durante as deliberações, alguns delegados norte-americanos chegaram a sugerir que os Estados Unidos cortassem sua contribuição para o Alto Comissariado das Nações Unidas para o Desenvolvimento (OMS), disseram vários negociadores.

Washington é o maior contribuinte individual para a organização de saúde, fornecendo US$ 845 milhões, ou aproximadamente 15% de seu orçamento, no ano passado.

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