Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2017
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse que o teste com um míssil intercontinental realizado na manhã dessa terça-feira pela Coreia do Norte representa uma nova escalada da ameaça aos Estados Unidos e aos seus aliados. “O nosso país adotará fortes medidas para responsabilizar os norte-coreanos por isso”, ressaltou.
De acordo com agências de notícias internacionais, a declaração foi feita durante a confirmação do lançamento, pela primeira vez na história do país socialista, de um míssil de alcance intercontinental.
“Uma ação internacional é necessária neste momento, a fim de parar uma ameaça global”, argumentou Tillerson. Ele acrescentou que os Estados Unidos nunca aceitarão uma Coreia do Norte com armas nucleares.
Sem especificar diretamente a quem se referia, ele também teceu críticas a aos países que “dão emprego a norte-coreanos, garantindo benefícios econômicos ou militares diretos ou indiretos ao regime de Pyongyang”. Quem não colabora com a implementação de sanções contra a Coreia do Norte “está ajudando e encorajando um regime extremamente perigoso para o futuro da humanidade”.
Enquanto isso, as autoridades do país oriental afirmaram publicamente que o teste realizado foi “bem sucedido” e voltaram a deixar claro que não pretendem recuar ou estabelecer qualquer tipo de acordo ou tratativa com Washington. “Não discutiremos sobre armas com os norte-americanos até que o governo do presidente Donald Trump abandone a política hostil contra o nosso país”, reproduziu a agência oficial KCNA.
Ainda segundo o informe de Pyongyang, o teste foi feito com um novo míssil balístico intercontinental que pode carregar uma grande e pesada ogiva nuclear. “O artefato reentrou na atmosfera com sucesso”, comemorou o Exército local.
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) já adiantou que realizará uma reunião nesta quarta-feira, a fim de discutir o que classifica de “incidente”. O encontro foi solicitado por representantes dos Estados Unidos.
Aliança
Mais ou menos no mesmo horário, as Forças Armadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos também realizaram atividades na região. A iniciatgiva envolveu uma simulação de ofensiva com mísseis balísticos, tendo como alvo justamente a Coreia do Norte.
Conforme um press-release divulgado pela aliança entre os dois países, a movimentação inclui disparos de artefatos em águas territoriais da Coreia do Sul, na Costa Leste do país capitalista.
“Psicopata”
No dia 22 de junho, o jornal oficial da Coreia do Norte, o “Rodong Sinmun”, rotulou de “psicopata” o presidente norte-americano, Donald Trump, de “psicopata” e avaliou que o líder republicano “enfrenta uma situação dura em seu próprio país”. A publicação também indicou que o chefe da Casa Branca também planeja fazer um “ataque preventivo” contra a Coreia do Norte para desviar a atenção da crise política norte-americana.
Uma semana depois, a agência oficial de notícias de Pyongyang, a KCNA, reproduziu declarações de líderes do regime socialista, segundo os quais Trump pode ser comparado ao ditador Adolf Hitler, que comandou a Alemanha de 1933 a 1945.
“A política do presidente norte-americano é uma forma de nazismo do século 21”, sublinhou a manifestação ao criticar o slogan “America First” (“América em Primeiro Lugar”, na tradução para o português), adotado por Trump.