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Mundo Os Estados Unidos reuniram 522 crianças imigrantes com seus familiares. Elas haviam sido separadas dos seus pais após atravessar a fronteira com o México

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Segundo a nota, até 20 de junho, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos tinha 2.053 menores sob sua custódia. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos anunciaram que reuniram 522 crianças imigrantes com seus familiares, separadas dos seus pais após atravessar a fronteira com o México, a primeira consequência tangível do decreto assinado pelo presidente, Donald Trump. 

O Departamento de Segurança Nacional divulgou esse número em um comunicado, no qual dá alguns detalhes sobre seu plano para reunir as famílias imigrantes que foram separadas como consequência da política de “tolerância zero”, que começou a ser aplicada em abril.

Segundo a nota, até 20 de junho, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos tinha 2.053 menores sob sua custódia, embora apenas 17% tenham sido separados dos seus pais, enquanto os 83% restantes correspondem a crianças que viajaram sozinhas para o país.

A reunificação dos 522 menores foi realizada pelo CBP (Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça), agência que processa os imigrantes ilegais quando chegam aos EUA. O Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça tinha previsto reunir outros 16 menores com seus pais na sexta-feira (22), mas o encontro teve que ser adiado devido às más condições meteorológicas e possivelmente vai acontecer nas próximas 24 horas, segundo informou a nota.

Era Barack Obama

As razões foram distintas, mas crianças brasileiras enfrentaram uma crise de separação de seus parentes ao entrar nos EUA a partir do México em 2016, durante o governo Barack Obama. No primeiro semestre daquele ano, cerca de 100 menores foram enviados a abrigos nos EUA, número que supera os 49 que estão na mesma situação agora.

A diferença é que os casos anteriores foram espalhados em um período mais longo de tempo, enquanto os recentes se concentraram em pouco mais de um mês. Só em maio, 26 menores brasileiros foram separados de suas famílias e enviados a abrigos, segundo dados fornecidos pela embaixadora Luiza Lopes, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior do Itamaraty. Outros 23 casos foram registrados desde o início do mês.

“A origem da crise de 2016 não foi a política de tolerância zero nem uma determinação para que houvesse a separação dos menores de seus pais”, observou a diplomata. A principal razão da prática era a aplicação de leis americanas destinadas ao combate do tráfico de pessoas e o aumento do rigor da fiscalização sobre a entrada de menores no país – depois da crise provocada pela chegada de milhares de crianças e adolescentes de países da América Central sem a companhia de adultos.

Entre os motivos para a separação estava a suspeita de que o adulto que acompanhava o menor não era seu pai ou mãe. A embaixadora se lembra de pelo menos um caso em que isso se comprovou verdadeiro. Os que estavam sozinhos também eram enviados para abrigos, assim como os que indicavam que pretendiam ficar nos EUA de maneira irregular.

Casos do tipo eram praticamente inexistentes antes de 2016, observou Luiza, mas estavam em ascensão. Em 2014, 11 menores foram enviados a abrigos, quase o dobro dos 6 que enfrentaram a mesma situação no ano anterior. O número subiu para 30, em 2015, e saltou para 100, no primeiro semestre de 2016. A partir da metade do ano, a curva foi descendente, até atingir 3 registros em um mês.

Mas a situação perdurou em 2017, no primeiro ano do governo Trump. Entre janeiro e dezembro, 74 menores brasileiros que cruzaram a fronteira a partir do México foram enviados a abrigos. “Esse número foi registrado no ano todo. Agora, nós tivemos 49 em um curto espaço de tempo”, ressaltou a embaixadora.

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