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Mundo Os Estados Unidos revogam vistos de agentes sauditas ligados ao assassinato de jornalista

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O jornalista Jamal Khashoggi era colaborador do jornal americano The Washington Post. (Foto: Reprodução)

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse na terça-feira (23) que o governo de Donald Trump estava revogando os vistos de agentes da Arábia Saudita envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Estas foram as primeiras punições da Casa Branca à morte do saudita, que era colaborador do jornal americano The Washington Post. O secretário declarou que haverá novas retaliações à monarquia do golfo Pérsico devido ao crime.

“Essas penalidades não serão as últimas dos EUA. Vamos deixar muito claro que os Estados Unidos não vão tolerar este tipo de ação implacável para silenciar o senhor Khashoggi, um jornalista, por meio da violência.”

O anúncio é feito horas após o vice-presidente, Mike Pence, mencionar que haveria resposta americana. Já Trump considerou o homicídio o pior encobrimento da história – o regime saudita alega que a morte foi acidental.

“O plano original foi muito ruim. Foi executado muito mal, e o encobrimento foi um dos piores da história”, disse. “Foi um plano ruim, não deveria sequer ter sido pensado. Alguém realmente estragou tudo”.

Khashoggi morreu no dia 2 no consulado saudita em Istambul, onde foi para buscar documentos para se casar com sua noiva, Hatice Cengiz. O jornalista entrou na representação diplomática, mas não saiu mais do local.

As autoridades sauditas prenderam 18 pessoas relacionadas à morte. Já a Turquia afirma que o assassinato foi um plano premeditado com a participação de agentes da monarquia que foram à cidade para executar o crime.

Justiça

O poderoso príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, prometeu nesta quarta-feira (24) que os assassinos de Jamal Khashoggi serão levados à Justiça, seus primeiros comentários desde o assassinato do jornalista, que causou repúdio em todo o mundo.

Em tom desafiador, o príncipe Mohammed disse a investidores internacionais presentes a uma grande conferência em Riad que a indignação provocada pelo assassinato de Khashoggi no consulado saudita de Istambul não afetará o ímpeto das reformas do reino.

Seus comentários vieram horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito, segundo o Wall Street Journal, que, como governante de fato da Arábia Saudita, o príncipe herdeiro tem que responder pela operação que levou à morte de Khashoggi.

“Provaremos ao mundo que os dois governos (saudita e turco) estão cooperando para punir qualquer criminoso, qualquer culpado, e no final a justiça prevalecerá”, disse ele, e foi aplaudido.

O maior exportador de petróleo do mundo está sofrendo uma pressão crescente por causa da morte de Khashoggi, colunista e um dos críticos mais contundentes do príncipe herdeiro.

A crise tensionou os laços de Riad com o Ocidente e levou dezenas de políticos, grandes banqueiros e executivos ocidentais a boicotarem a conferência inaugurada em Riad na terça-feira.

Primeiramente a Arábia Saudita negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Khashoggi depois que ele entrou no consulado, mas uma autoridade saudita acabou atribuindo sua morte em 2 de outubro a uma tentativa fracassada de fazê-lo voltar ao reino. A Turquia rejeitou os esforços sauditas para culpar agentes clandestinos e exortou o reino a procurar os responsáveis “em todos os cantos”.

O príncipe Mohammed disse que a Arábia Saudita e a Turquia trabalharão juntas “para obter resultados” em uma investigação conjunta e descreveu a cooperação bilateral como “especial”, apesar das críticas de Ancara.

“O incidente que aconteceu é muito doloroso, para todos os sauditas… o incidente não é justificável”, afirmou o príncipe herdeiro em uma comissão de debate na conferência.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, conversou com o príncipe Mohammed nesta quarta-feira, e os dois trataram das medidas necessárias para esclarecer todos os aspectos da morte de Khashoggi, disse uma fonte presidencial – mas um assessor de Erdogan escreveu em um jornal de seu país que o príncipe tem “sangue nas mãos”.

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