Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2016
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro do Turismo Henrique Alves (PMDB-RN), antecessor de Cunha, tiveram de renunciar recentemente ao cargo que ocupavam pelo mesmo motivo: os dois são acusados de terem contas secretas no exterior.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra os dois peemedebistas, conforme a revista Veja, Cunha e Alves, com “comunhão de desígnios e divisão de tarefas, no Brasil e na Suíça”, “ocultaram e dissimularam a origem, a localização, a disposição, a movimentação e a propriedade de valores provenientes de diversos crimes de corrupção”.
Documentos enviados por autoridades suíças revelam que Henrique Alves recebeu propina no exterior, a pedido de Cunha. Os recursos considerados ilícitos foram pagos pela construtora Carioca Engenharia, integrante do consórcio responsável pela execução da obra do Porto de Maravilha, no Rio de Janeiro. Com a anuência do ex-presidente da Câmara, o projeto recebeu 3,5 bilhões de reais do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa Econômica Federal, que investe o dinheiro do trabalhador em obras de infraestrutura. Em troca do benefício, a empreiteira transferiu dinheiro para as contas bancárias de offshores.