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Por Redação O Sul | 17 de junho de 2018
Os números da última pesquisa Datafolha sobre a percepção dos brasileiros em relação à economia levaram aliados do pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, a reconhecer as dificuldades do emedebista em conquistar o apoio do próprio partido na convenção de julho. A pesquisa mostra que 72% dos entrevistados enxergam uma piora do cenário econômico, enquanto apenas 6% acreditam em uma possível melhora. Os resultados adversos da economia, combinados à impopularidade do presidente Michel Temer, têm dificultado o crescimento de Meirelles, que segue com 1% das intenções de voto. As informações são do jornal O Globo.
O próprio ministro da Secretaria de Governo de Temer, Carlos Marun, praticamente descarta a candidatura do emedebista, ao defender que a legenda e os outros partidos aliados ouçam o “instinto de sobrevivência” e discutam o apoio a um candidato de centro “mais competitivo”. O ministro, no entanto, diz que vai continuar trabalhando por Meirelles enquanto os partidos não chegam a esse entendimento.
A pouco mais de um mês das convenções, o economista se notabiliza como o candidato da máquina federal com o pior desempenho desde a redemocratização do País. A rejeição a Meirelles surge, principalmente, de emedebistas do Nordeste, contrários ao projeto de candidatura própria. O senador Fernando Bezerra (MDB-PE) acredita que o desempenho na área econômica compromete os planos eleitorais do ex-ministro. “A piora do quadro econômico compromete toda a linha de argumentação de campanha”, diz Bezerra.
O governo esperava que o lançamento de Meirelles desse refresco a Temer. A greve dos caminhoneiros, que provocou crise de abastecimento, acabou com essa expectativa. O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (MDB-SP), diz que a candidatura “ainda” não conseguiu mostrar os avanços na economia.