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Geral Os italianos foram às urnas neste domingo para escolher deputados e senadores: apuração seguirá nesta segunda-feira

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Ativista do Femen subiu em uma mesa dentro da seção eleitoral e gritou ao ex-primeiro-ministro: "Berlusconi, seu tempo acabou". (Foto: Reprodução)

Cerca de 50 milhões de italianos escolheram este domingo a composição da Câmara dos Deputados e do Senado do país. Pesquisas boca de urna indicam que o voto antissistema deverá ser o grande vencedor das eleições legislativas realizadas neste domingo na Itália, demonstrando o desencanto da população italiana com a política tradicional não apenas no país, mas em toda a União Europeia.

Apesar de não serem aliados, o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga Norte devem conquistar quase metade dos assentos no Parlamento (ou até mais), enquanto o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e, de certa forma, o Força Itália (FI), legenda de centro-direita presidida pelo ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, devem amargar duras derrotas.

No início da noite deste domingo, a coalizão de Berlusconi liderava as apostas a apuração, com cerca de 36% dos votos, mas, contrariando as pesquisas anteriores, o FI deve ser superado pela Liga Norte e perder a liderança da direita italiana.

O voto é facultativo na Itália. A apuração seguirá ao longo desta segunda-feira.

Berlusconi

Aos 81 anos e inelegível, o moderado Berlusconi se aliou à Liga e ao também ultranacionalista Irmãos da Itália (FDI) para tentar voltar ao governo e até indicou um futuro primeiro-ministro, Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, mas os números deste domingo o transformam em suporte à extrema direita, e não ao contrário.

Pelas projeções, a Liga terá por volta de 16% dos votos, enquanto o FI ficará com 14% a 15%. Se o presidente Sergio Mattarella entender que cabe à coalizão conservadora formar um governo, será Matteo Salvini, líder do partido nacionalista, o designado para a cadeira de primeiro-ministro.
“A minha primeira palavra: obrigado!”, escreveu Salvini no Twitter, ainda com bastante comedimento para uma personalidade pouco afeita à moderação.

As projeções apontam que quem também pode cantar vitória é o M5S, que deve superar os 30% dos votos e se tornar o partido mais votado do país, justamente no momento em que ele parecia mais exposto: sem seu ideólogo, Gianroberto Casaleggio, morto em 2016, e sem seu fundador e rosto mais conhecido, Beppe Grillo, que pouco participou da campanha.

“Se os dados se confirmarem, será um triunfo do M5S, uma verdadeira apoteose, que demonstra a qualidade de nosso trabalho e que todos deverão falar conosco, e essa será a primeira vez”, afirmou o deputado Alessandro Di Battista, um dos expoentes do movimento.

Nascido de um blog e controlado por uma empresa privada, a consultoria de informática Casaleggio Associati, o M5S toma suas principais decisões por meio de votações online e ganhou força calcado no voto de protesto. Passados quase 10 anos de sua fundação, em 2009, agora vai se acostumando às instituições.

O partido, que diz ser um “não-partido” – de fato, sequer tem uma sede física -, já governa a cidade mais importante do país, Roma, e outra capital de destaque, Turim, antigo bastião da esquerda. Como partido mais votado das eleições legislativas, exigirá o encargo de formar um novo governo.

Protesto

Silvio Berlusconi enfrentou fila para votar na eleição legislativa, marcada pelo sentimento de divisão entre os eleitores. No entanto, ao depositar seu voto, ele foi surpreendido quando uma ativista subiu, com os seios expostos, em uma mesa dentro da seção eleitoral e gritou “Berlusconi, seu tempo acabou” ao ex-primeiro-ministro, que tem histórico de envolvimento em escândalos sexuais.

“Ela passou tão rápido que nem tive a chance de vê-la”, esquivou-se o ex-primeiro ministro quando perguntado sobre o protesto após votar em Milão.

Retirada logo após o protesto, a manifestante é integrante do movimento feminista Femen, fundado em 2008 na Ucrânia. O grupo é conhecido por organizar atos de topless público em repúdio a abusos sexuais. Não foi a primeira vez que Berlusconi foi alvo do movimento. Em 2013, três mulheres o abordaram de maneira similar, segundo a emissora italiana RAI.

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