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Economia Os juros do cheque especial no Brasil chegam a 322% ao ano, a maior taxa desde 2018

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Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em março deste ano, os juros no rotativo e no cheque especial subiram: para 281,4%, em média, ao ano, no primeiro caso; e para 322,7%, no segundo. O do cheque especial, que são as taxas mais altas do mercado, alcançaram ainda o maior patamar deste março do ano passado. Além desses, o juros do parcelado no cartão, criado em 2017, também ficou mais salgado. As informações são do jornal O Globo.

Desde abril de 2017, clientes que ficam mais de 30 dias no cartão de crédito rotativo são direcionados a uma linha mais barata – o parcelamento de fatura. Mas, nesses dois anos, essa opção que deveria pesar menos no bolso do consumidor ficou bem mais salgada. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, os juros cobrados no parcelado já estão em 178,4% ao ano, quase cinco vezes da média registrada em março, antes das novas regras entrarem em vigor, quando o parcelamento pagava juros de 33,05% ao ano.

Logo que a medida passou a valer, os juros do parcelamento tiveram um salto. Em abril de 2017, já passaram a 119,5% ao ano. Essa taxa não parou de subir desde então. Comparado àquele mês, os juros dessa modalidade registrados no mês passado já estão 38,71 pontos percentuais acima.

Esse movimento de altas ocorre a despeito de fatores que, em tese, ajudariam a tornar o crédito mais barato no Brasil. A taxa básica de juros, a Selic, está no menor nível da História, em 6,25% ao ano. A inadimplência também está em baixa. No cheque especial, por exemplo, está 0,5 ponto percentual menor que há 12 meses, com taxa de 13,5%.

Macroeconomicamente, o cenário é favorável para estabilidade de taxas de juros em níveis baixos”, avalia Renato Baldini, chefe adjunto do departamento de estatísticas do Banco Central. “A inadimplência segue bem comportada. O nível da inadimplência para o crédito total em março foi 3%. A menor da série é 2,7%. A inadimplência se situa muito próxima do mínimo histórico. E é a menor da série histórica pessoas físicas com recursos livres.”

A cobrança de juros mais altos, portanto, passa pela decisão dos bancos. Segundo Baldini, o BC observa que as taxas mais altas são mais observadas em um determinado grupo de instituições financeiras.

A gente observa uma concentração em determinadas instituições financeiras, algumas com aumento mais significativo. Isso tem ocorrido, tanto no parcelado, quanto no rotativo”, afirma o técnico.

A boa notícia é que, pelo menos, a medida adotada pelo BC em 2017 serviu para livrar consumidores de uma bola de neve que seria bem maior. Desde a adoção das novas regras, as concessões de crédito rotativo recuaram, enquanto a demanda pelo parcelado aumentou.

Desde aquele momento (2017), se a gente compara o saldo agora com abril de 2017, o saldo do cartão de crédito rotativo recuou 6,5%. O parcelado do cartão de crédito aumentou 65%. A gente avalia, com isso, que aquela medida foi bem sucedida” observa Baldini.

O relatório do BC mostrou ainda que, mesmo com juros mais altos, famílias e empresas estão buscando mais crédito no mercado, o que pode ser interpretado como um sinal de recuperação da economia. Em março, o saldo das operações de crédito em todo o sistema financeiro registrou avanço de 0,7% no mês, para R$ 3,3 trilhões. No mercado voltado para pessoas físicas, o montante registrou alta de 0,6%, alcançando R$ 1,8 trilhão.

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