Sábado, 20 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Os líderes de países-membros do G7 tentaram convencer o presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos não são tratados de forma injusta no comércio internacional

Compartilhe esta notícia:

Trump, assumidamente, tem uma política externa que é interna. (Foto: Reprodução)

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insiste que o seu país é tratado de maneira injusta no comércio internacional, líderes de países-membros do G7 tentam convencê-lo do contrário. As principais críticas do polêmico republicano têm como alvo a imposição de tarifas comerciais e a saída de acordos internacionais.

A reunião de dois dias, encerrada nesse sábado em La Malbaie, no Canadá, terminou com um comunicado final resumindo os pontos de consenso entre as sete potências (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais União Europeia), como é tradição. No entanto, divergências com o chefe da Casa Branca, sobretudo quanto ao comércio, tornaram mais trabalhosa a elaboração do documento conjunto.

Boa parte das tensões estiveram ligadas à decisão do presidente norte-americano de impor tarifas rígidas sobre as importações de aço e alumínio para cinco de seus seis parceiros do G7. Recentemente, ele também iniciou uma investigação comercial que poderá provocar tarifas adicionais sobre carros importados.

Além disso, Trump irritou os demais membros do G7 ao retirar Washington do pacto nuclear com o Irã – fechado em 2015 com China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha – e do acordo climático de Paris (França).

A primeira-ministra federal alemã, Angela Merkel, chegou a dizer que, diante das diferenças com Trump, não se sabia se uma declaração final poderia ser alcançada. Para ela, seria mais sincero reconhecer que os líderes não conseguiram chegar a um consenso sobre todas as questões e seguir trabalhando para superá-las do que fingir que está tudo bem.

Trump, por sua vez, afirmou após uma reunião bilateral com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, acreditar que se pode ter sucesso na elaboração de um comunicado conjunto. “Fizemos grandes progressos e vamos ver como tudo vai sair”, disse o presidente dos Estados Unidos ao lado do colega.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também manifestou otimismo. “Acho que tivemos uma discussão muito aberta e direta nessa tarde, sempre tivemos esse tipo de discussão”, declarou. “E acho que, quanto ao comércio, há um trajeto crítico, há um caminho para o progresso.”

Fontes diplomáticas afirmaram que na segunda sessão de trabalho em La Malbaie, quando foram discutidos temas comerciais, houve uma discussão aberta e muito franca, mas com fortes desacordos quanto a pontos cruciais.

Membros das delegações canadense e europeias sugeriram que o comércio se mantém como um ponto crítico e que declarações separadas poderiam ser feitas sobre outros assuntos.

Convencimento

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e líderes do G7 apresentaram a Trump números para convencê-lo dos benefícios das relações comerciais. O presidente norte-americano, por sua vez, apresentou os seus próprios números e insistiu que os Estados Unidos estão em desvantagem no comércio internacional, sendo tratados de maneira injusta.

“É evidente que o presidente norte-americano e o restante do grupo continuam discordando quanto ao comércio, às mudanças climáticas e ao acordo nuclear com o Irã”, ressaltou Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu.

Já antes do encontro, os aliados tradicionais dos Estados Unidos não esconderam sua desaprovação em relação ao curso adotado pro Trump, destacando temores de que ele esteja minando a ordem mundial baseada em regras e empurrando antigos amigos de Washington para uma guerra comercial desastrosa.

A ministra do Exterior do Canadá, Chrystia Freeland, expressou indignação pelo fato de Trump ter usado a segurança nacional como justificativa para impor tarifas sobre importações de aço e alumínio, inclusive a aliados próximos dos Estados Unidos, como Canadá e União Europeia.

“Para nós, é muito claro que o Canadá não representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA, Então, [as tarifas] são um ato ilegal. São absolutamente injustificadas. Já levamos a questão à Organização Mundial do Comércio e ao Nafta [Tratado Norte-americano de Livre-comércio], e vamos retaliar”, alertou.

Trump, que foi o último líder a chegar a La Malbaie, deixou o Canadá antes do encerramento da cúpula para viajar à Singapura, onde será realizado um histórico encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, nesta terça-feira.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Nova primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, usa macacão de 13 mil reais na comemoração
A aproximação do pedetista Ciro Gomes com o DEM encontra eco dentro do partido
https://www.osul.com.br/os-lideres-de-paises-membros-do-g7-tentaram-convencer-o-presidente-norte-americano-donald-trump-de-que-os-estados-unidos-nao-sao-tratados-de-forma-injusta-no-comercio-internacional/ Os líderes de países-membros do G7 tentaram convencer o presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos não são tratados de forma injusta no comércio internacional 2018-06-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar