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Esporte Os médicos comemoram a recuperação após um transplante de pulmão e preveem uma “vida normal” a Niki Lauda

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o piloto estava com 70 anos de idade e passava por problemas de saúde, após transplante. (Foto: Reprodução)

Formada por sete médicos de diferentes especialidades, a grande equipe de profissionais do Hospital Geral de Viena responsável pelo processo de recuperação de Niki Lauda, submetido a uma transplante de pulmão na semana passada, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (8) para falar sobre a evolução do tratamento ao tricampeão mundial de Fórmula 1. E os médicos exaltaram a boa reabilitação do lendário ex-piloto austríaco de 69 anos de idade, que chegou a ficar em estado grave na UTI após ser submetido ao complicado procedimento cirúrgico na última quinta-feira (2).

Por meio de seu site, o Hospital Geral de Viena divulgou informações publicadas pela agência de notícias austríaca APA para levar a público a real condição de Lauda, hoje diretor da equipe Mercedes na F-1, que segue lutando com sucesso contra uma grave doença pulmonar que motivou a realização do transplante.

Afetado por uma forte infecção, o ex-piloto foi submetido ao procedimento e 24 horas depois do mesmo já estava respirava sem ajuda de aparelhos, assim como todos os seus órgãos seguem funcionando bem, conforme já havia sido adiantado em um boletim médico divulgado na última segunda-feira (6). Naquela ocasião, o hospital informou que o tratamento evoluía de maneira “muito satisfatória”.

E nesta quarta-feira os médicos, além de confirmarem a manutenção deste quadro positivo, revelaram que a boa reabilitação os faz crer que Lauda poderá retomar a sua rotina normalmente depois de ganhar alta, ainda sem previsão de data para acontecer. Esta notícia é, por sua vez, apenas mais um capítulo vencedor da história de superação do tricampeão do mundo, que tem condições respiratórias delicadas desde 1976, quando sobreviveu a um gravíssimo acidente no GP da Alemanha de Fórmula 1.

“Em princípio, as suas futuras atividades não deverão ser diferentes das que tinha”, previu nesta quarta o cirurgião Walter Klepetko, que dirigiu a operação com duração de cerca de seis horas no Hospital Geral de Viena, ao falar sobre o ídolo austríaco, cujo histórico de dramas foi lembrado pelo médico. “Lauda é um lutador conhecido internacionalmente”, ressaltou.

Muitos anos após o acidente gravíssimo no qual teve o rosto desfigurado pelas chamas enquanto estava dentro de sua Ferrari, além de passar por plásticas para reconstruir a pele e conviver com a sua condição pulmonar delicada, o ex-piloto enfrentou outros sérios problemas de saúde. Ele precisou ser submetido também a dois transplantes de rim, em 1997 e depois em 2005, sendo que um deles foi possível e teve sucesso graças à namorada, que lhe doou um órgão saudável.

Novo drama

Ao esclarecer a real situação de Lauda, o chefe da divisão de pneumologia do Hospital Geral de Viena, Marco Idzko, ressaltou que as condições pulmonares delicadas de saúde do ex-piloto fazem com que ele possa “ficar doente em qualquer momento, até com uma gripe de verão normal”.

O médico revelou que Lauda vinha sofrendo de uma alveolite hemorrágica, que é uma inflamação dos alvéolos, e que a mesma era acompanhada por uma hemorragia no tecido do pulmão e das vias aéreas. Idzko informou que, em um primeiro momento, o ilustre paciente foi tratado com uma terapia imunossupressora e teve uma melhora significativa em seu resultado respiratório. Porém, pouco depois o austríaco foi afetado por uma doença pulmonar aguda grave, causada pela infiltração de células inflamatórias no sangue, que atacaram o seu tecido pulmonar.

O problema o obrigou a ser submetido a um tratamento intensivo na UTI, mas os médicos já passaram a considerar um plano B, que era justamente o transplante de pulmão. E os profissionais não viram outra saída para resolver o problema após todos os outros tratamentos conservadores se esgotarem e a condição pulmonar de Lauda não poder mais ser estabilizada.

Konrad Hötzenecker, um dos três médicos especialistas em cirurgia torácica ao lado de Walter Klepetko e Peter Jaksch, outros dois profissionais que falaram com a imprensa nesta quarta, revelou que sem a realização do transplante Lauda chegou a “ter uma expectativa de vida de alguns dias, de no máximo de semanas”.

Assim, começou a corrida dos médicos para que Lauda entrasse na fila de pessoas que esperavam por órgãos para transplantes. Os médicos deram máxima prioridade ao ex-piloto, mas informaram que mesmo a sua categoria de paciente precisava esperar uma média de cinco dias por um novo órgão doado. E o que ficou disponível para o tricampeão de mundial ainda precisaria ser considerado compatível, o que acabou ocorrendo para a realização da cirurgia.

 

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