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Brasil Ministros Luiz Eduardo Ramos, Onyx Lorenzoni e Flávia Arruda entram em rota de colisão

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Desde que a CPI foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo acumula derrotas no Senado.

Foto: Divulgação Casa Civil
Desde que a CPI foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo acumula derrotas no Senado. (Foto: Divulgação Casa Civil)

Alvo da CPI da Covid, o governo Bolsonaro tem tropeçado em sua própria desarticulação política. Uma rede de intrigas no Palácio do Planalto colocou em rota de colisão os ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) – que, nos últimos dias, travaram uma disputa por mais poder e influência nos bastidores.

Desde que a CPI foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo acumula derrotas no Senado. A comissão foi ocupada por uma maioria de parlamentares independentes ou de oposição; o senador Renan Calheiros (MDB-AL), crítico do presidente Jair Bolsonaro, tornou-se relator; e vários requerimentos que tem como alvo a gestão do combate à pandemia pelo governo foram aprovados.

Diante da repercussão negativa da desarticulação política do Planalto, o trio de ministros responsável pela relação com parlamentares até que ensaiou publicamente um armistício. Ontem, Ramos e Flávia se sentaram próximos no avião da Força Área Brasileira (FAB) que os levou para São Paulo, onde o Bolsonaro participou do leilão da Cedae. Em 1h30 de viagem, trocaram afagos e apararam arestas sobre o papel de cada um no governo.

A ministra sucedeu Ramos na Secretaria de Governo, área responsável pela articulação política, mas ainda não sentou de fato na cadeira. Nos bastidores, ela reclama a interlocutores que o chefe da Casa Civil não desapega do antigo posto. Até hoje, Arruda ainda não nomeou um secretário-executivo. O cargo continua sendo ocupado por Jônathas Castro, braço direito de Ramos que também acumula a função de número dois na Casa Civil.

Flávia também vem se sentindo incomodada com Onyx, acusado de querer tomar para si o cargo de estrategista político do Planalto na CPI da Covid, alegando experiência em Comissões Parlamentares de Inquérito quando era deputado. Nos últimos dias, o ministro tratou de buscar uma aproximação. Em uma das conversas, Flávia teria concordado em entregar a articulação na CPI para Onyx com o argumento de que ele é mais combativo, enquanto ela é mais eficiente na “costura” das relações com os parlamentares.

Deputada federal, Flávia tem sido criticada no Congresso e até no governo por ter pouca entrada no Senado. Aliados da ministra a defendem dizendo que ela estava organizando as articulações políticas na Casa, mas era constantemente “atravessada” por Onyx.

A ministra chegou ao Planalto com o apoio de Ramos e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário político de Renan Calheiros, relator da CPI da Covid.

O embate palaciano mais rumoroso, no entanto, se dá entre Ramos e Onyx. O chefe da Casa Civil costuma dizer que Onyx está aproveitando o seu retorno ao Planalto para tentar recuperar o espaço perdido em junho de 2019. Naquela época, Bolsonaro tirou a articulação política da Casa Civil, então comandada por Onyx, e a entregou para a Secretaria de Governo, para a qual general Ramos havia sido nomeado.

Desde então, a relação entre ambos sempre foi de turbulência. Com a chegada de Ramos ao governo, Onyx passou a ser esvaziado no Planalto e, em fevereiro de 2020, foi transferido da Casa Civil para o Ministério da Cidadania, numa articulação atribuída a Ramos.

Em fevereiro deste ano, Ramos costurou de novo um acordo político para ceder o Ministério da Cidadania para o partido Republicanos. Onyx deixou o cargo e foi nomeado para chefiar a Secretaria-Geral da Presidência, voltando a despachar próximo do gabinete de Bolsonaro e se oferecendo para fazer a articulação política em nome do presidente. A interlocutores, Ramos diz que Onyx tem agido para desgastá-lo.

O chefe da Casa Civil, em conversas reservadas, atribuiu a um assessor da Secretaria-Geral o vazamento de um documento enviado a 13 ministérios que lista 23 “acusações” esperadas pelo governo na CPI da Covid e pede subsídios para fazer frente aos questionamentos por meio de relatórios das ações tomadas no combate à pandemia. O caso expôs a atuação do chefe da Casa Civil. Ramos ameaça pedir a cabeça do auxiliar de Onyx.

Os três ministros garantem que não há contenda no governo e dizem que suas pastas estão trabalhando de modo articulado para preparar o governo para os questionamentos da CPI. Com informações do portal O Globo.

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