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Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2017
Um estudo divulgado pelo Sebrae mostrou que o número de pequenos negócios exportadores registrou um crescimento de 12% em 2016 na comparação com 2015.
Em 2011, as micro e pequenas empresas (MPE) representavam 32,8% do total de empresas exportadoras. Em 2016, a participação subiu para 38%, quando mais de 8 mil empresas de micro e pequeno porte venderam mercadorias para o exterior, alcançando o recorde da série histórica.
Apesar do cenário econômico de 2016, com juros altos e a falta de crédito, as MPE faturaram US$ 997,7 milhões em vendas para fora, o que significou alta de 6% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o valor exportado pelas médias e grandes empresas caiu 3,5%.
O estudo mostrou que 90% das empresas de micro e pequeno porte que exportam estão concentradas em cinco estados, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Em 2016, o foco das exportações das MPE foram os mercados dos Estados Unidos e do Canadá com 20,5% das vendas totais, do Mercosul com 20,3% e da União Europeia com 20,2%. Os principais produtos exportados pelas microempresas são vestuário, calçados e pedras preciosas ou semipreciosas, enquanto as pequenas empresas se destacaram nas exportações de madeira serrada, obras de mármore e granitos e também na de pedras preciosas.
O desempenho é apurado pelo estudo As Micro e Pequenas Empresas nas Exportações Brasileiras – 2009 a 2016, realizado pelo Sebrae com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior.
Contratações
Quanto aos empregos no País, as micro e pequenas empresas fecharam outubro alavancando vagas pelo sétimo mês consecutivo. De acordo com levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego , os pequenos negócios abriram 60,5 mil postos de trabalho formal no mês passado, respondendo por quase 80% dos empregos criados no país nesse mês.
Ao longo do ano, com exceção do mês de março, o segmento apresentou número de contratação superior ao de demissões. Enquanto as empresas de micro e pequeno porte acumulam saldo positivo de 463 mil novos empregos, as médias e grandes fecharam ao todo 178,8 mil postos de trabalho.
“São os pequenos negócios que puxam a retomada do mercado de trabalho. Eles blindam o desemprego, mesmo na crise, porque aproveitam as oportunidades”, disse o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Em outubro, o comércio reuniu a maior quantidade das vagas geradas nas micro e pequenas empresas, com a criação de 30,1 mil novos postos. Em seguida, estão os pequenos negócios do setor de Serviços, com 19,6 mil empregos, principalmente nas atividades imobiliárias (9,1 mil vagas) e nos Serviços de alojamento e alimentação (5 mil postos).
No acumulado do ano até outubro, a geração de empregos nas empresas de micro e pequeno porte foi destaque no setor de serviços, que contratou quatro vezes mais que os pequenos negócios da indústria de transformação.