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Brasil Os peritos já sabem onde começou o fogo no Museu Nacional; a hipótese de um incêndio criminoso não é descartada

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Museu Nacional pegou fogo no último domingo. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Os peritos da Polícia Federal já sabem onde começou o fogo no Museu Nacional. Mas, para evitar especulações sobre a causa da tragédia, ainda não divulgaram o local exato. A hipótese de incêndio criminoso não está descartada pelos investigadores.

O Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, foi destruído por um incêndio de grandes proporções no dia 2 de setembro.

Nesta sexta-feira (7), muita gente aproveitou o feriado pra passear na Quinta da Boa Vista, onde a independência do Brasil começou a partir da assinatura de uma carta de ruptura enviada a Portugal.

Os visitantes também aproveitaram para protestar contra a ruptura com as origens do País que estavam guardadas no Museu Nacional. Os índios da Aldeia Maracanã participaram da manifestação. Um antropólogo disse que a coleção com cerca de 20 mil peças dos primeiros habitantes do País foi destruída.

Em outros setores do museu, mais perdas de objetos ligados à nossa identidade. Na parte africana, por exemplo, o destaque era o trono do Rei do Daomé. No legado europeu, a coleção que pertenceu à imperatriz Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro II: milhares de achados nas cidades de Pompéia e Herculano – objetos que resistiram às lavas do vulcão Vesúvio, na Itália há quase 2 mil anos.

Pela manhã, foi celebrada uma missa de desagravo ao museu na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro. A cerimônia cobrou mais atenção ao patrimônio histórico do País.

O esforço agora é pela reconstrução e pelo levantamento do acervo que escapou do fogo. Cerca de 1,5 milhão de peças, das coleções botânicas, de mamíferos e répteis, além de livros, estavam em outros prédios. Uma equipe já foi formada para entrar no museu a partir da segunda-feira para procurar e recolher peças do acervo.

“Muito material tende a ser preservado. O fato de parte da parede, parte do assoalho terem caído, é para gente uma possibilidade de preservação de algum material. Eu estive lá dentro do palácio. Vi armários cheios. Chegamos a abrir algumas gavetas com acervo. Porém, é um acervo fragilizado”, disse o diretor do Museu Nacional, Alexander Kelner.

Composição do acervo

Ainda falta muito para a reconstrução do Museu Nacional, mas o acervo já conta com um milhão de itens, além do que será doado nos próximos meses. Essa parte da coleção, de 20 milhões de peças, não foi destruída pelo incêndio do último domingo (2). Estavam em anexos do Museu que não foram atingidos pelas chamas.

“São coleções de botânica, de vertebrados e de invertebrados, além de biblioteca com 500 mil livros de mais de 150 anos”, disse na quinta-feira (6) Cristiana Serejo, vice-diretora do museu.

No esqueleto que está de pé, prossegue o trabalho de mapeamento digital com drones e um scanner 3D. A “esquadrilha” de robôs voadores ganhou o reforço de um equipamento da Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas em Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Agora, são três drones sobrevoando dentro e fora do museu.

O drone da Coppe será usado na lateral direita e nos fundos do prédio. A intenção é verificar onde pode ter peças que possam ser recuperadas e que sejam resgatadas com precisão quando a entrada nos escombros for liberada pela Polícia Federal e pelo Corpo de Bombeiros.

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