Domingo, 21 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2025
Decidido a se candidatar à Presidência da República em 2026, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) trabalha com dois cenários após a condenação de seu pai a 27 anos de prisão.
O primeiro deles é o mais otimista, baseado na possibilidade de aprovação, pelo Congresso, de um projeto de anistia ampla que não seja derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como já sinalizam ministros da corte.
Nesse contexto, Eduardo avalia para seus aliados que Jair Bolsonaro o apoiaria voluntariamente para concorrer ao Palácio do Planalto. O deputado federal acredita que, com a anistia aprovada, ele poderia voltar ao Brasil para fazer sua campanha presencialmente.
Já o plano B de Eduardo Bolsonaro é concorrer dos Estados Unidos, onde está desde fevereiro capitalizando os movimentos pela sanção do ministro Alexandre de Moraes e pela anistia. Segundo auxiliares, Eduardo acredita que, assim como o pai conseguiu mobilizar pessoas para o 7 de Setembro sem estar presente no evento e sem acesso às redes sociais, ele também teria alcance significativo junto à base bolsonarista mesmo vivendo no exterior.
A aliados, ele reconhece que seu maior desafio é viabilizar a candidatura. Para disputar a Presidência, o deputado precisará deixar o PL e se filiar a outro partido. Além disso, Eduardo Bolsonaro é alvo de um inquérito sobre sua atuação nos EUA por coação de autoridades e corre o risco de ficar inelegível, caso seja condenado pelo STF.
O filho de Jair Bolsonaro já sinalizou a aliados que sabe que a chance de derrota não é pequena, mas vê diversos ganhos em se lançar candidato.
Ele acredita que manterá acesa a chama do movimento que articula e que se diferenciará do que descreve como “direita permitida”, inviabilizando que Tarcísio de Freitas se apresente como o legítimo representante da direita, caso dispute a Presidência.
Além disso, Eduardo calcula que, com a iniciativa, reduz o espaço para o surgimento de uma nova via que busque absorver os votos bolsonaristas e se consolida como líder de um movimento que, futuramente, possa lhe dar fôlego para formar seu próprio partido.
A ideia do parlamentar é deixar o PL e assumir o comando de uma legenda, junto a um núcleo duro que compartilhe de suas visões políticas. (Com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo)