Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2017
Os professores estaduais decidiram manter a greve da categoria durante uma assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (24), no Gigantinho, em Porto Alegre. Foram 838 votos pela manutenção do movimento contra 782.
A paralisação dos trabalhadores da rede pública de ensino completou 80 dias nesta sexta-feira. Os professores reivindicam o fim do parcelamento dos salários, o pagamento integral do 13° salário e um calendário de recuperação de perdas salariais na ordem de 21%.
Na Assembleia, a categoria também aprovou um calendário de mobilizações pelo Estado para “denunciar o descaso do governo Sartori com os professores e funcionários de escola e com a educação pública”.
“Sabemos quando a greve tem força para avançar ou não, todo o cenário atual foi exposto à categoria para que tomassem a decisão e, democraticamente, definiram pela continuidade. Agora, temos um forte calendário de lutas para colocar em prática e fortalecer o nosso movimento”, afirmou a presidente do Cpers (o sindicato dos professores no RS), Helenir Aguiar Schürer.
Recuperação
Com o intuito de esclarecer dúvidas sobre a recuperação do calendário escolar de 2017, bem como orientar sobre a portaria 285/2017, que regulamenta o cadastro de professores voluntários, a Secretaria Estadual de Educação do RS promoveu nesta sexta-feira (24) uma reunião com representantes das 30 Coordenadorias Regionais de Educação.
O encontro, ocorrido no Auditório Paulo Freire, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, detalhou os critérios e os procedimentos necessários para a homologação dos novos cronogramas do calendário escolar e a participação dos educadores que prestarão os serviços de forma voluntária.
Segundo o governo gaúcho, apesar da mobilização, o Estado conta com 2.128 escolas estaduais funcionando normalmente, o que representa 84% do total de 2.545, e 391 de forma parcial. Instituições de ensino de 14 coordenadorias já iniciaram a recuperação do calendário escolar, segundo a pasta. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o ano letivo deve ter 800 horas/aula no ensino fundamental, 1.000 horas/aulas no ensino médio e 200 dias letivos. Nas escolas em que não houve greve, as aulas terminam no dia 22 de dezembro, para as demais, o calendário poderá se estender até fevereiro.