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Brasil Pacientes de câncer e famílias têm medo dobrado com busca por tratamento na pandemia

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Pandemia atrapalha no tratamento e no diagnóstico da doença. (Foto: Divulgação)

O Dia Mundial de Luta Contra o Câncer foi celebrado na quinta-feira (8), e lembra a população sobre os desafios enfrentados por pacientes com a doença. Segundo o Ministério da Saúde, o índice de cura entre crianças e adolescentes em 2019 era de 30% na região Norte. De acordo com a ONG Carlos Daniel, que presta apoio a pacientes infanto-juvenis com câncer, a falta de diagnóstico no estado é um dos fatores que dificultam um “final feliz”.

“O Amapá dificilmente faz o diagnóstico, é muito complicado. A maioria das crianças sai com um pré-diagnóstico, e aí quando ele vai para outro estado que ele vai saber qual o tipo de câncer. Às vezes os outros estados descartam os exames feitos no Amapá”, disse Agenilson Silva, presidente da ONG.

A paciente da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), Larissa Carvalho, viveu na pele o desafio de conciliar o tratamento da leucemia com o da Covid-19. Agora, ela espera uma cirurgia em São Paulo.

“Faço tratamento há mais de um ano e meio contra a leucemia mieloide aguda. Durante o meu processo de quimioterapia eu contraí a Covid-19 e tive que ficar isolada durante 17 dias em casa. Esperei passar os sintomas para poder fazer quimioterapia e estou esperando uma vaga em São Paulo para fazer o transplante de medula óssea”, detalhou.

A Oriane Pinheiro, mãe de um adolescente, amapaense, de 13 anos, que realiza tratamento contra o câncer em São Paulo, relatou a luta para que o filho, que já tinha perdido 15 quilos, conseguisse a transferência para realizar o tratamento no Sudeste.

“Recebemos o diagnóstico no final de 2020 em meio à pandemia e foi muito díficil conseguir a transferência. Nos ficamos aguardando a transferência para Belém, que nunca chegou, e meu filho perdendo peso e definhando a cada dia. Mas com apoio da ONG, conseguimos essa transferência no dia 25 de dezembro do ano passado”, contou.

Para Agenilson, a solução para a melhora do atendimento de pacientes com câncer no Amapá é o investimento em políticas públicas de informação, diagnóstico e tratamento.

“O Amapá não tem diagnóstico, não tem políticas públicas de informação, não tem oncopediatra e não tem um tratamento. Por isso todas as nossas crianças que precisam de tratamento contra o câncer tem que sair daqui”, pontuou.

A ONG Carlos Daniel existe há 6 anos, criada por Agenilson Silva depois que o filho foi diagnosticado com câncer. Mesmo com a morte de Carlos Daniel, o trabalho continuou.

A iniciativa auxilia famílias de crianças e adolescentes com câncer e oferece apoio administrativo, jurídico, logístico e assistência para que os pacientes consigam tratamento gratuito fora do estado. Atualmente, 30 pacientes estão cadastrados na ONG, fazendo tratamento em São Paulo e no Pará.

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