Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Recém-empossado no gabinete de ministro da Casa Civil, o gaúcho Eliseu Padilha sente-se à vontade para avaliar o presente, e o futuro imediato da gestão, por ora interina, de seu amigo Michel Temer, na Presidência da República. Pelo telefone, Padilha conversou com o colunista e explicou que “precisamos fazer um governo mais leve para o contribuinte. Hoje, o governo gasta mais do que arrecada”. Ele cita um exemplo simples: “se na tua casa a despesa é maior do que você ganha, é preciso cortar gastos. E a situação hoje do governo é a mesma”. Ele garante porém que as medidas mais profundas, como eventual alterações na previdência, “serão feitas através de diálogo”. Mas adverte que para garantir as aposentadorias no futuro, “só há dois caminhos: ou aumentando o valor da contribuição ou aumentando a idade mínima da aposentadoria, porque o sistema hoje é deficitário”.
Semana decisiva para servidores
Será nesta terça-feira a votação em plenário das propostas de reajuste de 8,13% para os servidores do Judiciário, Ministério Publico, Tribunal de Contas e Defensoria Publica. O projeto dos servidores do legislativo, no mesmo percentual, deve ser aprovado por projeto de resolução da Assembleia. Os projetos tramitam há quase um ano na Assembleia Legislativa e sua apreciação vinha sendo retardada por pressão do governo sobre os deputados da sua base.
Servidores da Justiça Federal também garantem aumento
O novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, sinaliza que serão mantidos os acordos para o reajuste dos servidores do Judiciário federal entre 16,5% e 41,47%. O maior índice do reajuste previsto na proposta se aplica ao salário do cargo efetivo do servidor, que não inclui gratificações e valores acrescidos por funções de chefia, por exemplo. Pelo texto, o aumento será escalonado, em oito parcelas, retroativo de janeiro de 2016 a julho de 2019. O impacto orçamentário após o pagamento da última parcela será de R$ 5,99 bilhões ao ano, segundo o Ministério do Planejamento.
Como ficou a vaga do Tribunal de Contas
A falta de consenso no PDT facilitou as coisas para o governador José Ivo Sartori que, ao que tudo indica, deverá seguir a sugestão da bancada do PMDB, endossada pelo presidente do partido Ibsen Pinheiro, e nomear o atual líder do governo Alexandre Postal para a vaga aberta de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A bancada do PDT escolheu o nome do deputado Gerson Burmann para a vaga, por entender que a indicação deveria ser do partido. Porém, o atual presidente estadual Pompeo de Mattos passou a defender o seu próprio nome, contrariando a bancada e sinalizando ao governador que não há consenso no partido.
Marcha dos Prefeitos com resultado positivo
A habilidade política do presidente da Confederação Nacional dos Municípios Paulo Ziulkoski permitiu que, mesmo em meio a uma grave crise institucional, a 19a- Marcha dos Prefeitos em Brasília recolhesse resultados importantes. Além da pauta de reivindicações, pela primeira vez o Supremo Tribunal Federal esteve presente ao evento, na figura do ministro Gilmar Mendes. O balanço da marcha desde o seu início, anuncia Ziulkoski, representa um acréscimo de R$ 370 bilhões aos cofres municipais, resultado das reivindicações e da pressão política junto ao Congresso e ao Executivo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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