Quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2025
Uma investigação do jornal norte-americano The New York Times, divulgada nessa terça-feira (23), aponta que Errol Musk, pai do bilionário Elon Musk, é acusado de abuso sexual infantil em casos envolvendo familiares. Segundo o jornal, os episódios teriam envolvido cinco filhos e enteados de Errol e ocorrido na África do Sul, onde ele nasceu e vive atualmente, e também na Califórnia, nos Estados Unidos.
Para a investigação, o NYT disse ter analisado mais de 50 e-mails, cartas, anotações pessoais, mensagens e textos que detalham os abusos atribuídos a Errol.
Procurado, Errol negou as acusações e afirmou que os relatos “são falsos e absurdos”.
Elon Musk e seu advogado também foram procurados, mas não comentaram, segundo o jornal.
Investigações abertas
Até o momento, três investigações sobre o caso foram abertas, segundo registros policiais, judiciais e relatos de familiares. Duas foram arquivadas, e não há informações sobre o andamento do terceiro inquérito, de acordo com o Times.
O Times relata que a primeira acusação contra Errol ocorreu em 1993 e envolveu uma de suas enteadas, que tinha 4 anos na época. Membros da família Musk também o acusaram de abusar de duas de suas filhas e de um enteado.
Mais recentemente, em 2023, familiares e um assistente social tentaram intervir após um episódio de abuso envolvendo outro filho de Errol, de 5 anos.
“As alegações de abuso geraram conflitos dentro da família Musk, com alguns parentes recorrendo a Elon Musk, filho mais velho de Errol, em busca de ajuda. Por volta de 2010, um familiar escreveu a Elon uma carta de cinco páginas relatando algumas das acusações e pedindo que ele interviesse”, escreveu o NYT.
Não se sabe se o bilionário chegou a ler a carta enviada, mas alguns familiares afirmaram que ele tentou interceder diante das denúncias.
O jornal lembra que Elon e o pai não mantêm mais uma relação próxima.
O empresário já declarou publicamente que Errol havia feito “quase todas as coisas más que você poderia imaginar”. A declaração foi dada em 2017 à revista Rolling Stone.