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Brasil Pai e filha se alimentam há três anos apenas com itens que produzem em casa

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Pai e filha cuidam de algumas plantas no jardim de casa. (Foto: Reprodução)

Desde 2009, o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com cerca de 5,2 quilos de veneno por habitante. Mas na casa de Vanessa, de 34 anos, e Maurício Danciger, de 62, não entra nem um grama. Há três anos, o pai e a filha, que moram no centro de Campo Grande, se alimentam apenas do que plantam.

Logo na entrada do imóvel é possível se deparar com os diversos tipos de plantas, cada uma em seu vaso: orégano, salsinha, manjericão… No meio deles, cresce mato e plantas. É essa organização dos vasos que faz com que haja um combate de pragas sem uso de agrotóxicos. A ideia, conta a agropecuarista formada pelo Colégio Técnico da Rural, é fazer com que o vegetal sirva de isca.

O corredor de entrada cheio de plantas que dá acesso ao Quintal da Vanessa. (Foto: Reprodução)

O corredor de entrada cheio de plantas que dá acesso ao Quintal da Vanessa. (Foto: Reprodução)

“Desta forma, não precisamos usar inseticidas. Muitas pestes são atraídas por essas folhagens e se aproveitam delas. A ideia é deixar a natureza funcionar sozinha, mas sempre mantendo o olho nela”, diz Vanessa, com o conhecimento de quem fez cursos também na Fundação Oswaldo Cruz, Emater-Rio, Pesagro.

A rotina para manter a horta orgânica é rígida. Ela acorda às 4h para regar as plantas e fazer a colheita dos alimentos maduros. De 15 em 15 dias, é feito um novo plantio. No regador, água com um pedaço de carvão para dar força à planta. Limpar a terra nem pensar: o que cai ou morre fica para servir de adubo: “Acompanhar o crescimento das plantas é de suma importância para uma horta saudável, mas temos que interferir respeitando todo o ciclo da natureza”.

85 quilos.

A mudança na alimentação foi uma tentativa, com sucesso, de melhorar a saúde de Maurício. Há 15 anos, ele tomava três remédios para controlar a pressão sanguínea e foi informado pelo médico que precisaria aumentar a dosagem. A notícia não agradou ao agricultor. Ele reduziu aos poucos a quantidade de alimentos industrializados até chegar a zero. “Com os alimentos orgânicos e sem conservantes, percebi mudanças e, hoje, não tomo mais remédios”, comemora o fotógrafo, que chegou a emagrecer 40 quilos. O mesmo aconteceu com Vanessa que, além de ter eliminado as dores da endometriose e da gastrite, perdeu 45 quilos.

Além dos produtos da horta que tem em casa, Vanessa faz, em sua cozinha, produtos sem conservantes, sem glúten, sem açúcar e sem lactose. Entre eles, bolo de cenoura com cobertura de cacau com melado, bolo de milho crioulo, cuca de banana, pão de inhame com linhaça e gergelim, cajuzinho de amendoim germinado, leite de inhame, suco de chaya com limão e farinhas.

Por causa do trabalho com fotos e vídeos, Vanessa e Maurício tinham costume de comer salgados, pizzas e até sorvetes em festas. Hoje, se quiser um desses ingredientes, ela mesmo faz. O mesmo acontece com os bolos. Ela prepara a própria farinha e leite.

A rotina do pai e da filha gira em torno dos alimentos saudáveis. Não só por causa do cuidado e dedicação com as plantas, mas com o modo de vida surgiram novas atividades.

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