Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2017
O procurador-geral de Justiça do RS, Fabiano Dallazen, anunciou, em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (26), a desistência das ações que eram movidas por promotores estaduais contra Sérgio Silva e Flávio José Silva, pais de vítimas do incêndio da boate Kiss. Eles também são presidente e vice-presidente da AVTSM (Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria) e estavam sendo acusados de calúnia contra os promotores Ricardo Lozza, Joel Dutra e Maurício Trevisan, integrantes do Ministério Público Estadual.
Dallazen explicou que será protocolado um pedido de absolvição dos pais nesta terça-feira (27) na Justiça de Santa Maria. O pedido de absolvição do MP vale tanto para o processo movido por Lozza, como para os processos contra o diretor jurídico da associação, Paulo Carvalho, e Irá Mourão Beuren. Os Pais foram processados porque colaram cartazes com fotos de autoridades e escreveram artigos em jornais denunciado que esses representantes supostamente saberiam que a boate funcionava de forma irregular. Com isso, não será dado prosseguimento da ação que poderia condenar os pais das vítimas antes mesmo de os réus serem condenados pela tragédia.
Caso
Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, a Boate Kiss, no Centro de Santa Maria, sediava uma festa universitária, com show da banda Gurizada Fandangueira. Durante a apresentação, o grupo utilizou um tipo de fogo de artifício (conhecido como “chuva de prata”) que atingiu o teto da danceteria, e teria dado início ao incêndio que matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, as centelhas entraram em contato com a espuma altamente inflamável que revestia parcialmente paredes e teto do estabelecimento, principalmente junto ao palco, desencadeando o fogo e a emissão de gases tóxicos.