Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2015
O governo federal pretende economizar 5,3 bilhões de reais por ano com a produção local de sete medicamentos biológicos cuja tecnologia está sendo transferida ao País. Atualmente, eles consomem 2,8 bilhões de reais dos 12,7 bilhões de reais do orçamento do SUS (Sistema Único de Saúde) destinado à compra de remédios, segundo o Ministério da Saúde.
A estimativa do valor a ser economizado leva em conta um aumento do uso desses medicamentos, diz Jarbas Barboza, secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. A expectativa é de que ele seja alcançado em dez anos. A transferência de tecnologia é feita por meio das PDPs (Parcerias de Desenvolvimento Produtivo). Nelas, uma multinacional que domina a manufatura de um medicamento com patente a vencer transfere essa tecnologia a um laboratório brasileiro privado associado a um público.
O governo se compromete a comprar esses medicamentos das empresas inseridas no programa, assim que a sua produção começar. Já foram firmadas 18 parcerias. Apesar de o programa significar o início da indústria de biológicos no Brasil, o atraso do País no setor preocupa. “Mesmo após o desenvolvimento dos genéricos, importamos 86% dos princípios ativos usados nos medicamentos para serem embalados aqui”, afirma Antonio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
Segundo sua avaliação, a Anvisa definiu uma boa regulamentação do setor de biológicos, o que garante segurança e possibilidade de inovar. Porém falta uma maior integração dos centros de estudo nacionais às redes mundiais de pesquisa. (Folhapress)