Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2015
Palestinos e soldados israelenses entraram em confronto nessa terça-feira (6) na entrada da cidade de Belém, na Cisjordânia, depois do enterro de um garoto de 13 anos. Ele foi morto na segunda-feira (5) durante enfrentamentos com o Exército de Israel no campo de refugiados de Aida.
Palestinos queimaram pneus e jogaram pedras contra soldados israelenses, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo, segundo a agência de notícias France Presse.
Abdel Rahman Abdalá, de 13 anos, foi atingido por disparos no peito durante confrontos. Ele é o segundo jovem palestino morto pelo Exército israelense em 24 horas na Cisjordânia.
Huzeifa Othman Souleiman, de 18 anos, morreu no dia 4 deste mês em circunstâncias similares em Tulkarem, no Noroeste do território palestino.
Israelenses e palestinos se envolveram nos últimos dias em uma nova espiral de violência na Cisjordânia e em Jerusalém Ocidental, a parte palestina de Jerusalém que foi anexada e ocupada por Israel. Quatro israelenses morreram desde o dia 1º em atentados.
Mais de 150 palestinos ficaram feridos em 48 horas, atingidos por munição real e balas de borracha disparadas pelos soldados israelenses.
Investigação
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, pediu nessa terça-feira a Israel uma investigação completa dos recentes confrontos em Jerusalém e na Cisjordânia.
De acordo com Ban, uma investigação “rápida e transparente” sobre a morte do garoto palestino de 13 anos ajudará a determinar “se o uso da força foi proporcional”.
Ban disse que os últimos choques “são outro sinal preocupante de violência que potencialmente pode sair do controle”.
O secretário alertou que demolir residências palestinas pode inflamar ainda mais a tensão. A declaração foi dada depois de Israel ter destruído as casas dos palestinos autores de atentados cometidos no ano passado.
O chefe da ONU pediu uma “ação urgente de ambos os lados” para reduzir a violência, inclusive mediante cooperação em segurança.
Nessa terça-feira, o presidente palestino Mahmud Abbas também se manifestou e disse que não deseja uma escalada de violência com Israel. (AG)