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Brasil Pandemia do coronavírus faz expectativa de vida da população de São Paulo cair pela primeira vez desde 1940

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Em 2020, estimativa ficou em 75,4 anos de esperança de vida ao nascer, regredindo ao patamar de sete anos atrás, segundo dados da Fundação Seade

Foto: Alex Pazuello/SEMCOM
Brasil teve 718 mortes por coronavírus em 24 horas. (Foto: Alex Pazuello/SEMCOM)

A pandemia do coronavírus, que já tirou a vida de mais de 370 mil brasileiros, entre eles pelo menos 89 mil paulistas, fez com que a expectativa de vida ao nascer no estado de São Paulo caísse pela primeira vez desde que a série histórica começou a ser calculada, em 1940.

Em 2020, segundo a estimativa divulgada pela Fundação Seade nesta terça-feira (20), a esperança de vida ao nascer no estado foi de 75,4 anos, um ano a menos que em 2019, quando ficou em 76,4.

Para a Seade, “o rápido aumento dos níveis de mortalidade, com a expansão da pandemia da Covid-19 em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013”.

A esperança de vida ao nascer, ou expectativa de vida ao nascer, representa uma estimativa calculada a partir da quantidade óbitos de uma região, de quantos anos em média uma pessoa nascida hoje deve viver, caso as estatísticas de mortalidade não se alterem no decorrer da sua vida. Como em 2020 a mortalidade no Estado de São Paulo aumentou 12%, isso teve um impacto direto no cálculo da esperança de vida ao nascer.

Primeira queda desde 1940

De acordo com Carlos Eugenio Ferreira, demógrafo da Fundação Seade e um dos autores do estudo, a esperança de vida ao nascer é uma das métricas que tentam explicar a mortalidade. Depois que foi adotada oficialmente pelas Nações Unidas, passou a servir como base para comparar as estatísticas de uma região para outra.

“A esperança de vida desde 1940 para cá sempre aumentou […] Ela teve uma fase em que aumentou pouco, que foi entre 1980 e 2000, foi a fase em que se expandiu a violência, onde se coincidiu Aids com as mortes por agressões, e com os acidentes de transportes, que foram crescendo”, explicou o demógrafo.

Mas, de acordo com Ferreira, mesmo a combinação do aumento da mortalidade pela epidemia do vírus HIV e das causas externas de morte, que afetaram principalmente a população entre 15 a 34 anos, foi incapaz de fazer recuar a esperança de vida ao nascer.

“Porque a queda da mortalidade infantil foi muito forte. Os ganhos com a mortalidade infantil compensaram e até superaram um pouco essa perda nessa faixa etária de 15 a 34 anos”, afirmou o demógrafo.

De 2000 para cá, segundo ele, a mortalidade infantil já chegou a um patamar baixo, mas os índices de violência também caíram. Por isso, o avanço da esperança de vida tinha sido pequeno, mas consistente e em todas as faixas etárias até 2020 e a pandemia do coronavírus. No caso do estado de São Paulo, pode-se dizer que a população perdeu um ano inteiro de esperança de vida entre 2019 e 2020.

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