Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2025
"Mais uma vez, peço o fim imediato da barbárie da guerra e uma solução pacífica do conflito", disse o pontífice ao final da oração do Angelus
Foto: ReproduçãoO papa Leão XIV condenou neste domingo (20) o que classificou como a “barbárie” da guerra que ocorre em Gaza e pediu o fim do “uso indiscriminado da força”, poucos dias após um ataque israelense mortal a uma igreja católica no território.
“Mais uma vez, peço o fim imediato da barbárie da guerra e uma solução pacífica do conflito”, disse o pontífice ao final da oração do Angelus. “Infelizmente, este ato se soma aos contínuos ataques militares a civis e locais de culto em Gaza”, destacou.
O ataque do Exército israelense à única igreja católica na Faixa de Gaza, na quinta-feira, deixou três mortos e vários feridos, incluindo o padre argentino Gabriel Romanelli. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, membros da comunidade católica buscaram refúgio na igreja, assim como cristãos ortodoxos.
Durante seu sermão, Leão XIV apelou à comunidade internacional para que “respeite o direito humanitário e a obrigação de proteger os civis”, assim como a “proibição de punições coletivas, o uso indiscriminado da força e o deslocamento forçado de populações”.
Um dia após o ataque, o papa recebeu um telefonema do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a quem “reafirmou a necessidade urgente de proteger os locais de culto e, acima de tudo, os fiéis e todas as pessoas na Palestina e em Israel”, segundo um comunicado do Vaticano.
No mesmo dia, Netanyahu disse que “lamentava profundamente” o ataque e reconheceu o “erro”, anunciando que Israel conduziria uma “investigação sobre este incidente”.