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Para aplicar golpe dos nudes, estelionatários fingem ser delegados gaúchos

(Foto: Divulgação/Susepe)

Criminosos que aplicam o golpe dos nudes estão usando fotos de delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul para extorquir vítimas. Nesta forma de estelionato, perfis falsos de mulheres nas redes sociais adicionam homens — preferencialmente casados — e trocam mensagens e fotos eróticas. Com prints dessas conversas, os golpistas se passam por policiais, ameaçam as vítimas e exigem dinheiro, alegando a existência de suposta investigação por pedofilia.

Mesmo sem ter enviado fotos eróticas, uma das vítimas disse ter passado a ser extorquida. Em um primeiro momento, por um suposto tio da jovem e, depois, por um delegado que seria titular em Lajeado, no Vale do Taquari. O criminoso criou uma conta no aplicativo de mensagens WhatsApp e usou uma foto do verdadeiro delegado retirada da internet.

Um dos casos em que a vítima depositou a quantia pedida pelo criminoso, com base nos dados da conta bancária no qual o homem fez o pagamento, a PC conseguiu chegar a dois presos que estão na Penitenciária Estadual de Charqueadas. Com eles, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) apreendeu três telefones celulares e dinheiro.

A ONG Safernet, especializada em segurança na internet, contabilizou, somente neste ano, 243 situações de extorsões com uso de fotos eróticas em todo o país. O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado em número de casos. A Delegacia de Repressão aos Crimes informáticos da Capital investiga diversos casos e orienta as vítimas desse tipo de extorsão a procurarem as autoridades e não realizarem pagamentos.

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