Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2021
"O que o Brasil exporta para a Argentina, o Paraguai e o Uruguai são majoritariamente produtos industrializados. Quando esse comércio cai, como agora, nós perdemos renda, emprego, impostos, ciência, tecnologia", diz economista.
Foto: ReproduçãoNa avaliação do economista Luciano Wexell Severo, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) vive um dos piores momentos de seus 30 anos de existência, em razão das trocas comerciais em queda dentro do bloco e também por causa do afastamento do Brasil do papel de líder do grupo.
“O que o Brasil exporta para a Argentina, o Paraguai e o Uruguai são majoritariamente produtos industrializados. Quando esse comércio cai, como agora, nós perdemos renda, emprego, impostos, ciência, tecnologia. Mesmo assim, não temos visto o governo se mobilizar para devolver o protagonismo ao Mercosul “, diz Severo, que é professor da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) e coordenador do Observatório da Integração Econômica da América do Sul.
O 30º aniversário do Mercosul é celebrado nesta sexta-feira (26). O bloco nasceu em 26 de março de 1991, quando os presidentes Fernando Collor (Brasil), Carlos Menem (Argentina), Luis Lacalle (Uruguai) e Andrés Rodríguez (Paraguai) assinaram o Tratado de Assunção.
Severo afirma que os brasileiros em geral ainda ignoram a existência do Mercosul:
“Como os cidadãos não enxergam a relevância do Mercosul, não cobram dos seus representantes políticos que atuem a favor da integração. A própria classe dirigente tem uma visão incompleta da relevância do Mercosul para o Brasil.”