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Brasil Para evitar prisão, mãe escondia crack na boca de bebês

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Crianças foram internadas em hospital apresentando comportamentos típicos de quem sofre de abstinência. Foto: Folhapress

Duas crianças de 2 anos e meio e 1 ano e meio foram internadas no Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal, com sintomas de abstinência de crack, informou o conselheiro tutelar Hessley Brito. Segundo ele, a mãe das meninas costumava esconder pedras do entorpecente na boca das filhas para escapar de abordagens da polícia. A mulher perdeu a guarda delas em junho, após ser flagrada tentando vender as crianças

O conselheiro aponta que uma das meninas vai precisar passar por uma cirurgia reconstrutiva na boca e que ambas apresentam comportamentos típicos de quem sofre de abstinência. “Não dormem direito, ficam muito agitadas ou muito quietas, sem o raciocínio seguido.” E acrescenta: “O corpo das crianças têm hematomas pequenos que não se sabe se é catapora ou queimadura de cigarro, mas são antigos”.

Irresponsabilidade

Após a prisão da mãe, no início de junho, as meninas foram levadas para a casa da tia, que as entregou ao pai. Em 20 de julho, as crianças foram encaminhadas ao hospital, após, acidentalmente, ingerirem borra de cigarro e resquícios de outras drogas. “De acordo com a madrasta, o pai é usuário compulsivo de álcool e outras drogas. Ele deixou cinzas de cigarro em um cinzeiro e jogou água em cima para sair o cheiro. Não se sabe se era só cigarro ou se tinha crack e maconha também”, relata Brito.

Na segunda-feira (27) elas serão submetidas a avaliação psiquiátrica no hospital. “Elas têm contato com as drogas desde que nasceram. A mãe usava e amamentava as crianças” , conta o conselheiro.  “Elas foram vítimas de violência psicológica, negligência, tiveram acesso à droga desde o primeiro dia de nascimento, viraram moeda de troca para a mãe comprar crack.”

Esperança

O conselheiro afirmou que o pai não pode ficar com as crianças, mas que a companheira dele pretende adotá-las.  O Conselho Tutelar soube do caso das crianças depois que a mulher buscou ajuda para cuidar das meninas. “Elas são crianças felizes ainda. Elas aparentam ainda uma felicidade, não têm aquela visão depressiva, se comunicam bem, choram quando querem as coisas, ainda têm uma esperança. Quando uma criança sofre violência dentro de casa, se percebe uma possível depressão infantil, mas elas não têm esse aspecto, não”, descreve Brito. (AG)

 

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