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Por Redação O Sul | 25 de abril de 2019
Todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários da vacina contra a gripe devem ser imunizadas antes da chegada do inverno (21 de junho a 23 de setembro). A orientação do Ministério da Saúde é reforçada pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul e leva em consideração o tempo necessário para que os anticorpos gerem a proteção necessária.
A campanha começou dia 10 de abril para crianças e gestantes, sendo estendida aos demais públicos elegíveis na última segunda-feira. Quase 3,8 milhões de gaúchos estão no público-alvo da iniciativa, sendo que mais de 270 mil deles já receberam a dose.
Além dos órgãos governamentais, a recomendação é apoiada pela Sociedade Brasileira de Imunizações. O médico Juarez Cunha, presidente da entidade, explica que a vacina age na pessoa como se fosse a doença natural, só que sem causar o quadro clínico e os sintomas.
“Quando você tem uma gripe, o corpo cria anticorpos para combater o vírus”, explica. “Após a vacina, o organismo identifica o vírus e também produz esses anticorpos, que permanecerão ativos no sistema imunológico por um período. Assim, quando houver contato com o vírus, a pessoa já estará protegida.”
Ainda de acordo com o dirigente, para que essa imunização comece a ser efetiva demora aproximadamente 15 dias após a vacinação. Já o efeito máximo costuma demandar cerca de um mês.
A enfermeira responsável pela vigilância da influenza no Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), Letícia Garay Martins, também enfatiza que é importante se vacinar agora, durante a campanha e não depois: “A vacina tem esse tempo de ao menos duas semanas para gerar anticorpos, que irão nos proteger de doenças”.
“Por esse motivo, procuramos fazer a vacinação da população o quanto antes possível. Antes de o inverno começar é quando temos a circulação mais intensa do vírus influenza”, acrescenta. A campanha é realizada no Brasil geralmente a partir de abril, mês em que os laboratórios produtores do medicamento conseguem começar a entregar as doses atualizadas contra os vírus que mais circularam na temporada anterior.
Grupos prioritários
– Crianças (maiores de 6 meses e menores de 6 anos);
– Grávidas;
– Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto);
– Trabalhadores da área da saúde;
– Índios;
– Idosos (60 anos ou mais);
– Professores;
– Apenados e funcionários do sistema prisional;
– Integrantes de forças de segurança e salvamento;
– Pessoas com comorbidades (quando a pessoa tem, ao mesmo tempo, duas ou mais doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas e hepáticas, bem como diabetes, imunossupressão, obesidade, trissomia ou histórico de transplante).
(Marcello Campos)