Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na sexta-feira que, em vez de querer afundar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em função das investigações da Operação Lava-Jato, espera “apenas” que o peemedebista coloque em votação projetos de interesse do governo. Para Lula, Cunha tem que ter o direito de defesa tanto quanto ele próprio ou a presidenta Dilma Rousseff.
“Enquanto ele for presidente da Câmara, ele vai determinar a pauta do Congresso Nacional e nós temos interesse em aprovar não só parte do ajuste, aprovar a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira], o Orçamento, mas aprovar outras medidas que estão lá que são importantes. Ao invés de ficar querendo afundar ele, eu quero é que ele coloque em votação as coisas e deixe o processo seguir naturalmente. E quando for julgado, ele pagará o preço. É apenas isso que eu quero”, afirmou.
Lula defendeu o direito de defesa do peemedebista. “Cunha tem que ter o direito de defesa que eu quero pra mim, para Dilma, para todo mundo. Ele tem que ter apenas o direito de se defender. E se ele for culpado, ele pagará como todo mundo tem que pagar nesse País.”
O petista declarou não haver qualquer tipo de acordo com Cunha, como foi noticiado recentemente. Pelo acerto, o governo salvaria o deputado da cassação mesmo após revelação de contas secretas dele na Suíça e, em troca, Cunha frearia os processos de impeachment contra Dilma.