Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2016
Na decisão que ordenou a prisão preventiva do ex-deputado Eduardo Cunha, o juiz federal Sergio Moro considerou que há provas “da prática reiterada, profissional e sofisticada de crimes” pelo político, réu na Operação Lava Jato.
Moro entendeu que há risco à investigação e à ordem pública, o que justifica a prisão. Também destacou que “não raramente” o ex-deputado usava táticas de extorsão, e intimidou testemunhas e delatores que poderiam depor contra si.
Para Moro, o fato de Cunha estar sem mandato não ameniza o risco de que ele influencie testemunhas ou obstrua a investigação.
“O ex-parlamentar é ainda tido por alguns como alguém que se vale, com frequência, de métodos de intimidação”, escreveu o juiz. “Embora a perda do mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de influência.”