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Brasil Para o presidenciável Ciro Gomes, o aumento dos salários de juízes e servidores federais é “uma bofetada na cara do povo”

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O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que o aumento dos salários dos juízes federais e servidores da União, no momento atual do País, é uma “vergonha” e “bofetada no rosto do povo brasileiro”.

Em agenda de campanha na cidade de Campinas (SP) nessa quinta-feira, ele criticou a decisão do governo de Michel Temer, tomada no dia anterior, de manter o reajuste dos servidores para 2019, mesmo após a equipe econômica tentar adiá-lo para 2020, em razão da crise fiscal. O aumento havia sido negociado em 2015.

“Isso é uma vergonha, uma falta compostura na elite brasileira!”, bradou o pedetista. “Não é que o salário seja grande. Eu acho que juiz tem que receber salários decentes, os maiores possíveis e, acho, francamente, uma ‘impostura’ ficar falando mal de salário. Eu estou falando agora é da ocasião.”

Além do reajuste para os servidores, Temer fechou um acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal), concedendo uma reajuste de 16,38% para o Judiciário federal. Em troca, o emedebista combinou com a Corte o fim do auxílio-moradia para a magistratura, no valor de R$ 4,7 mil.

De acordo com fontes extraoficiais, a versão final do Orçamento de 2019 deverá ser enviada nesta sexta-feira ao Congresso Nacional, já com a previsão de reajuste. Ao criticar a medida, Ciro Gomes citou números da crise econômica do País, como o número de desempregados e dados da violência urbana:

“São 13,7 milhões de brasileiros desempregados, 32 milhões de brasileiros vivendo de bico, na informalidade, correndo da repressão. Mais de 60 mil mulheres foram estupradas no Brasil nos últimos 12 meses sem nenhuma punição, o Brasil teve 63 mil homicídios sem nenhuma capacidade de investigação. Que pelo menos se dê justiça à essa tragédia e os senhores de Brasília fazerem esse tipo de notícia para a sociedade… isso é uma bofetada no rosto do povo brasileiro!”

Devido à recessão, o Ministério do Planejamento tentava postergar o aumento do funcionalismo a fim de garantir uma economia de R$ 6,9 bilhões aos cofres públicos e ajudar a fechar as contas do governo federal em 2019.

Com isso, seria possível cumprir o teto dos gastos públicos e a meta fiscal do ano que vem, que prevê um déficit de R$ 139 bilhões, realocando os recursos para as áreas sociais e investimentos.

Agora, a equipe econômica terá de promover cortes, principalmente em investimentos, a fim de acomodar o reajuste dos servidores civis.

Venezuela

Ciro Gomes também comentou sobre a situação na fronteira do Brasil com a Venezuela e defendeu que o País faça tudo o que estiver ao seu alcance para acolher os imigrantes, que deixam o país vizinho para fugir da crise econômica e social:

“Nesse momento, temos que fazer tudo que esteja ao nosso alcance, mesmo que sejamos muito pobres, como somos, para ajudar as pessoas que estão em pior situação que nós, que perderam a sua comida, que perderam a sua casa e estão saindo de seu país com muita dor, procurando algum refúgio humanitário. Essa é a nossa obrigação”.

Principal porta de entrada de venezuelanos no Brasil, Roraima tem enfrentado dificuldades para lidar com o volume de estrangeiros. O governo brasileiro já disse que não pretende fechar a fronteira, como defendem algumas autoridades locais.

Agenda

Na manhã desta quinta-feira, Ciro Gomes fez uma visita à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O candidato conheceu o laboratório de genômica do Instituto de Biologia e criticou a falta de verbas para a ciência e o desenvolvimento de pesquisas no País.

Na avaliação dele, o orçamento nacional destinado para a área de ciência e tecnologia é insuficiente para empreender e estimular o setor. Ciro também defendeu a manutenção de recursos para bolsas de estudo.

No início de agosto, houve uma polêmica diante da possibilidade de corte de cerca de 11% no orçamento da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no ano que vem.

A notícia mobilizou a opinião pública e teve repercussão negativa entre cientistas e pesquisadores. Segundo estimativa da Capes, o dinheiro para o pagamento de bolsas de quase 200 mil pesquisadores acabaria a partir de agosto de 2019.

Diante da pressão, o Ministério da Educação divulgou nota afirmando que ” não haverá suspensão do pagamento das bolsas da Capes”.

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