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Brasil Para se proteger da violência, empresas brasileiras gastam 171 bilhões de reais por ano, quantia que equivale a quase 2% do PIB do País

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Cada cidadão desembolsa R$ 1,8 mil por ano para pagar a conta da violência. (Foto: Reprodução)

No Brasil, as empresas desembolsam cerca de R$ 171 bilhões por ano para se proteger da violência, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelados no Atlas da Violência. Estima-se que o custo total com segurança no País chegue a 5,9% do PIB, incluindo gasto do governo, perda de produtividade e despesa das companhias com proteção privada e seguros – um prejuízo anual para a economia de R$ 595 bilhões. Na prática, a conta fica para o consumidor, que arca com produtos e serviços mais caros.

As empresas brasileiras desembolsam por volta de R$ 171 bilhões por ano para se proteger da violência, valor equivalente a 1,7% do PIB de 2022 – último ano com os dados completos disponíveis. O custo da criminalidade não fica só com as companhias. É repassado à sociedade, que paga mais por produtos e serviços.

Os dados integram uma compilação de pesquisas feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada no Atlas da Violência. Ainda segundo o instituto, estima-se que o custo total com segurança no Brasil represente por ano 5,9% do PIB.

“Empresas, pessoas, governos e toda sociedade terminam gastando recursos com bens e produtos para segurança, em vez de contratar trabalhadores ou comprar máquinas”, diz o economista Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea e membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“A violência traz custos para as empresas. Elas precisam proteger os seus funcionários, e arcar com custos não atrelados a suas atividades operacionais”, afirma a administradora Maria Silvia Bastos, ex-presidente do BNDES (mais informações na pág. B3).

Custos ocultos

Para a economista Joana Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada a Segurança da Fundação Getulio Vargas, os impactos econômicos da violência vão dos custos diretos aos mais ocultos, “como extorsões por parte do crime organizado, que causam quebra regulatória”.

Os gastos diretos são os mais facilmente mensuráveis, traduzidos em pagamentos para proteção privada e com a contratação de apólices de seguros, por exemplo. Se esses valores ajudam a movimentar setores da economia, por outro lado, significam que não estão sendo aplicados em atividades produtivas.

A conta inclui, além dos gastos das companhias com segurança privada, despesas do governo e perdas da produtividade com homicídios. Os prejuízos para a economia brasileira chegariam a R$ 595 bilhões por ano.

Estudos similares chegaram a resultados parecidos. Em 2018, relatório da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, ligada à Secretaria-Geral da Presidência da República, apontava que os custos econômicos com a criminalidade representavam 4,48% do PIB. Outro levantamento do mesmo ano, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), estimava perda de 5,5% de todas as riquezas geradas pelo País – um desembolso anual de cerca de R$ 1,8 mil por cidadão, em valores da época.

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