Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2015
Em 91 dias de greve, os peritos do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) já deixaram mais de um milhão de pessoas sem atendimento no País. De acordo com o instituto, esse é o número atualizado de segurados que não conseguem perícia nos postos desde o início da paralisação da categoria, em 4 de setembro.
Em assembleia realizada na quinta-feira, os peritos reafirmaram a greve, que segue sem previsão de encerramento. Enquanto isso, a população sofre na fila do agendamento, com prazo médio de espera em 61 dias, segundo o próprio INSS.
Em 19 de novembro, a Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou liminarmente que o instituto faça perícias em até 15 dias após o agendamento. A determinação acata pedido do MPF (Ministério Público Federal), que ajuizou ação civil pública contra o órgão. Se o prazo não for cumprido, o INSS terá de contratar temporariamente médicos terceirizados.
A determinação foi feita dia 24. Mas como o INSS tem dez dias para recorrer, ainda não foi atendida. Responsável pela ação, a procuradora do MPF Ana Padilha Luciano de Oliveira insiste na urgência. “A população não pode esperar.” A perícia está sendo feita por 30% do efetivo – percentual obrigatório por lei. Mas o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Francisco Eduardo Cardoso, lembra que 95% dos 4.378 servidores da categoria já aderiram à greve. (AD)