Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2015
A paralisação dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) completa 76 dias nesta quinta-feira. Com isso, mais de 1 milhão de perícias que deveriam ser feitas no Brasil estão atrasadas. A categoria pediu a reestruturação da carreira e reclamou da falta de diálogo nas negociações com o governo federal.
Na semana passada, foi divulgado que 600 mil exames haviam sido adiados. Já a ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos) informou que a paralisação afeta 1,2 milhão de pessoas.
A procuradora-regional dos Direitos do Cidadão do MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro, Ana Padilha Luciano de Oliveira, também declarou que o número de segurados do INSS que não conseguem atendimento em razão da greve dos médicos peritos pode ser muito maior que o informado pelo órgão. Segundo ela, que entrou com ação judicial pedindo que o atendimento seja feito em até 15 dias após o agendamento, muitas pessoas não conseguem nem marcar o exame. “Muitos não estão conseguindo nem agendar, e não temos controle de quantos são. Quantas estão tentando marcar um exame pericial? E para variar é a pessoa hipossuficiente [baixa renda] que mais sofre”, disse.
Ana ressaltou que o caráter de urgência dos pedidos visa minimizar os impactos da greve. Sem a perícia, quem precisa dar entrada em auxílio-doença fica sem o benefício e sem o salário. (AG)