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Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2017
O número de médicos brasileiros participantes do Programa Mais Médicos aumentou 44% em menos de um ano, informou na terça-feira (03) o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a recepção de 1.375 profissionais brasileiros formados no exterior que aderiram ao último edital.
Com esse reforço, somando também os médicos com diplomas do País, chega a 8.316 o número de brasileiros no programa, o que representa 45,6% do total. A prioridade do Ministério da Saúde, segundo Barros, é ampliar a participação nacional, tornando a iniciativa mais independente e garantindo atendimento médico à população.
“Este momento é importante para o Brasil e para os brasileiros. Estamos avançando e tenho certeza que vamos oferecer mais qualidade na saúde e na atenção básica com a participação desses novos profissionais no programa Mais Médicos”, ressaltou o ministro da Saúde.
Esses novos profissionais iniciarão as atividades em Unidades Básicas de Saúde a partir da próxima segunda-feira (09) em cerca de 800 municípios de 25 Estados e Distrito Federal, além de oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Juntos, eles atender cerca de 4,8 milhões de pessoas. Entre as regiões, a Sudeste foi a que recebeu o maior número de profissionais – 565 médicos. Sul e Nordeste vêm logo em seguida, com 329 e 296 intercambistas, respectivamente.
“Com esses novos profissionais, vamos garantir o cuidado personalizado e humanizado perto de casa, por um médico e uma equipe que se vincula ao paciente e sua família resolvendo problemas de saúde e evitando que as pessoas precisem de atendimento nas emergências, hospitais e consultas com especialistas”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Rogério Abdalla.
Essa é a segunda fase do edital. A primeira foi voltada exclusivamente aos médicos brasileiros formados no Brasil. Desde novembro de 2016, o Ministério da Saúde está abrindo oportunidades para a substituição de médicos cubanos da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde. Foi feito um levantamento para ver quais cidades atendidas por profissionais cubanos poderiam atrair brasileiros. A expectativa é realizar 4 mil substituições em três anos, tornando a iniciativa mais autossuficiente. Até o momento, mais de 1 mil postos foram substituídos por brasileiros.
Durante o mês de setembro, os novos médicos passaram pelo módulo de acolhimento realizado em Brasília. Os profissionais participaram de oficinas educacionais sobre temas diversos, como legislação referente ao SUS (Sistema Único de Saúde), protocolos clínicos de atendimento do SUS, língua portuguesa e código de ética médica. Por fim, os intercambistas realizaram uma avaliação de conhecimento, necessária para a aprovação do profissional participante.