Por Redação O Sul | 8 de junho de 2015
O Partido Revolucionário Institucional (PRI), do presidente mexicano Enrique Peña Nieto, conquistou nesse domingo a maioria na Câmara dos Deputados, com 30% dos votos, segundo agências. O partido terá menor número de cadeiras que na anterior legislatura, revelaram resultados preliminares.
O pleito, primeiro grande teste eleitoral para Peña Nieto, foi marcado por uma série de protestos. Grupos bloquearam seções eleitorais e queimaram cédulas de votação. O povoado de Tixtla teve eleição suspensa após protesto com pais de estudantes.
Ao divulgar os resultados da apuração rápido dos votos, o titular do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Lorenzo Córdova, disse que o PRI obteve entre 29,87% e 30,85% dos votos, o que representa entre 196 e 203 dos 500 assentos da câmara contra aos 214 da anterior legislatura.
Na sequência, o conservador Partido Ação Nacional (PAN), que alcançou entre 21,47% e 22,20% dos votos, e o esquerdista da Revolução Democrática (PRD), que acumulou entre 11,14% e 11,81%.
O PAN se mantém como a segunda maior força política na Câmara dos Deputados e deve ter entre 105 a 116 cadeiras. O PRD, que conservou a terceira posição, passou de 99 cadeiras para entre 51 a 60 legisladores – afetado pela entrada do esquerdista Movimento Regeneração Nacional (Morena), liderado por Andrés Manuel López Obrador.
Em sua primeira participação em uma eleição, o Morena obteve entre 8,8% e 9,15% dos sufrágios, o que lhe permitirá ter entre 34 e 40 cadeiras.
Embora tenha acumulado menor porcentagem de votos que a força política de López Obrador, o Partido Verde Ecologista do México alcançou entre 41 e 48 cadeiras da câmara com 7,15% e 7,55% dos sufrágios – muito acima dos 27 da legislatura passada.
O esquerdista Movimento Cidadão deve duplicar seus deputados ao passar de 12 para entre 24 e 29; o Encontro Social, que também estreiou neste pleito, conseguiu entre oito e dez assentos; o Nova Aliança, entre nove e dez, e o Partido do Trabalho, de três a doze cadeiras.
Em sua mensagem à nação, Córdova indicou que o porcentagem de participação eleitoral no país ficou “entre 47,25% e 48,51%”. (AG)
