Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2021
Mandatários e apoiadores do Partido Novo se reuniram nesta segunda-feira (16) para protestarem contra o Fundão Eleitoral. A ação teve início ao meio-dia, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. No local, foi montada uma estrutura simulando os quase R$ 6 bilhões destinados para os partidos políticos, em notas de R$ 200.
Na ocasião, deputados e vereadores entregaram um material sobre o tema e conversaram com a população que circulava pelo centro da capital. A mobilização aconteceu porque o Congresso Nacional aprovou, recentemente, um aumento do Fundão Eleitoral, no qual passou de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões. O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem até a meia-noite da próxima sexta-feira (20) para vetar ou sancionar o aumento do recurso.
Na foto, o líder da Bancada do Novo na Assembleia Legislativa, deputado Giuseppe Riesgo. (Foto: Divulgação/ Talles Kunzler/ ALRS)
O líder da Bancada do Novo na Assembleia Legislativa, deputado Giuseppe Riesgo, destacou que o objetivo do ato é “conscientizar a população sobre esse aumento absurdo e também para cobrar do presidente que faça esse veto, que a gente não tenha esse aumento e a população não tenha que pagar tudo isso, ainda mais em um momento de crise que nós estamos vivendo. O dinheiro público tem que ser usado para áreas básicas que o Estado deveria atuar: na educação, na saúde, na segurança, entre outras”, afirmou Riesgo. Ele salientou, ainda, que uma parte do recurso usado para pagar as campanhas são investidos em santinhos, o que ajudam a poluir a cidade em época de eleição.
O deputado Fábio Ostermann (Novo), também estava presente no protesto. Ele disse que a mobilização da sociedade é fundamental para o veto do presidente. “Se ele vetar, a gente vai seguir na mobilização para garantir que o Congresso mantenha esse veto. Acho que isso é importantíssimo e essencial que a população entenda. São R$ 6 bilhões do bolso do pagador de impostos que vão estar indo para as campanhas políticas de gente que nem sequer deveria estar lá em Brasília, mas que quer usar esse dinheiro para permanecer e ficar tirando esse dinheiro do pagador de impostos”, explicou Ostermann.
Na foto, o deputado Fábio Ostermann (Novo). (Foto: Divulgação/ Talles Kunzler/ ALRS)
As manifestações organizadas pelo Partido Novo também serão realizadas em outras cidades gaúchas. “Nós estamos organizando mobilizações nas maiores cidades do estado. Nós teremos em Canoas, Caxias, Santa Maria, possivelmente em Pelotas na próxima semana, e estaremos andando pelo estado”, comentou o deputado Fábio.
As campanhas eleitorais começam no ano que vem e, segundo o deputado Giuseppe Riesgo, o Partido Novo é o único no Brasil que não utiliza recursos do Fundo Eleitoral. “Desde a fundação do partido, o Novo não usa o recurso de forma voluntária, nunca usamos o dinheiro do Fundo Partidário Eleitoral”, declarou.
Os candidatos do Novo recebem ajuda voluntária de filiados do partido para realizarem a campanha. “O financiamento é dado por pessoas que acreditam na campanha, apoiadores, amigos, parentes, pessoas que acreditam naquela ideia e gostam do Novo, que doam voluntariamente recursos para poder fazer as campanhas, por isso que as nossas campanhas são muito mais enxutas”, concluiu Giuseppe.
Estrutura simulando os quase R$ 6 bilhões destinados para os partidos políticos, em notas de R$ 200. (Foto: Divulgação)
