Sábado, 07 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2020
O número de infecções pelo novo coronavírus no mundo superou a casa de 15 milhões nesta quarta-feira (22), de acordo com contagem da Reuters, e a pandemia ganha força apesar de países seguirem divididos em resposta à crise.
Nos Estados Unidos, que têm o maior número de casos no mundo, com 3,91 milhões de infecções, o presidente Donald Trump alertou: “Vai provavelmente, infelizmente, piorar antes de melhorar.”
Completam a lista de cinco países com maior número de casos, atrás dos EUA, o Brasil, a Índia, Rússia e África do Sul. Mas a contagem da Reuters mostra que a doença está se acelerando mais rapidamente nas Américas, que respondem por mais da metade dos casos no mundo e metade das mortes causadas pela Covid-19.
Globalmente, a taxa de novas infecções não mostra sinais de desaceleração, de acordo com a contagem da Reuters, baseada em dados oficiais.
Depois que o primeiro caso do novo coronavírus foi relatado em Wuhan, na China, no início de janeiro, foram cerca de 15 semanas para se chegar à marca de 2 milhões. Por outro lado, demorou apenas oito dias para se superar a marca de 15 milhões de infecções desde que se chegou ao número de 13 milhões, alcançado em 13 de julho.
Especialistas em saúde enfatizam que os dados oficiais quase certamente subestimam os números reais de infecções e de mortes pela doença, especialmente em países com capacidade de testagem limitada.
O número oficial de casos de Covid-19, de 15.009.213, é pelo menos o triplo do de infecções graves de influenza registrados anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Ao mesmo tempo, o número de mortos pela Covid-19 no mundo, de mais de 616 mil em sete meses, está próximo da ponta mais alta das mortes anuais por influenza.
Vacina
Os Estados Unidos concordaram em pagar US$ 1,95 bilhão para garantir 100 milhões de doses de uma potencial vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer e pela alemã BioNTech, anunciaram as duas empresas nesta quarta, de acordo com a agência France Presse.
O número se refere a todo o potencial de fabricação das empresas em 2020. O objetivo de ambos os laboratórios é “fabricar cem milhões de doses antes do fim de 2020” e provavelmente mais de 1,3 bilhão antes do fim de 2021.
O acordo ainda permite ao governo norte-americano obter 500 milhões de doses adicionais, disseram o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o Departamento da Defesa, segundo a Reuters.
“O governo americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses por US$ 1,95 bilhão e pode comprar até 500 milhões de doses adicionais”, disseram as duas empresas, que devem iniciar os testes clínicos da vacina em breve.
As empresas disseram que acreditam estar prontas para receber algum tipo de aprovação regulatória já em outubro, se os estudos em andamento tiverem sucesso.
A vacina experimental para Covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer se mostrou promissora em sua fase inicial. Um artigo publicado na última segunda-feira (20) como prévia (pré-print), apontou que a substância é segura e capaz de induzir resposta imunológica.
Os resultados ainda têm que ser validados por outros pesquisadores (peer-review) antes de serem publicados em uma revista científica. Eles dão conta de um teste de pequeno alcance, feito na Alemanha, com 60 voluntários saudáveis.