Quinta-feira, 29 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de março de 2019
Em entrevista para a Rádio Futuro, no Chile, o ex-beatle, Paul McCartney admitiu que não fazia ideia do “lado sombrio” de Michael Jackson após assistir o recente documentário Leaving Neverland.
O artista comentou: “Obviamente, Michael era um ótimo cantor, um grande artista e um ótimo dançarino. Por anos nós amamos isso. Ninguém sabia desse outro lado que é mostrado no filme.”
“Quando eu o conheci, ele era um cara muito legal. Eu não conhecia esse “lado sombrio”. Fica muito difícil olhar para todas as memórias, que eram boas, e pensar: havia outras coisas acontecendo”, conta McCartney.
“Para mim, eu estou bem em ficar apenas com as memórias pessoais que tenho dele. O outro lado é o outro lado. Eu não sei nada sobre isso. Eu consigo entender o porque as pessoas estão tão desapontadas e com raiva por ele ter esse lado sombrio”, disse.
No início de março, a emissora HBO lançou Leaving Neverland, documentário sobre as acusações de abuso sexual de menores feitas contra Michael Jackson. Desde então, o longa tem gerado polêmicas envolvendo o astro do pop.
O diretor
O diretor Dan Reed ganhou, recentemente, uma visibilidade que jamais imaginou. Ele é o responsável por ‘Leaving Neverland’, o polêmico documentário que reacende denúncias de pedofilia contra o cantor Michael Jackson e está dando o que falar em todo o mundo.
No filme, duas supostas vítimas do músico, Wade Robson e James Safechuck, relatam abusos físicos e emocionais que teriam sofrido nas mãos de Michael Jackson.
Desde o lançamento do documentário, muita gente não acredita nas acusações, incluindo fãs e familiares do cantor. O diretor deu uma entrevista ao jornal ‘El Pais’, onde falou sobre os ataques que recebe dos negacionistas.
“Acabo de chegar da França, onde fui a um debate televisionado, e tinha um homem, que é pai, defendendo aos gritos a inocência de Jackson. Perguntei se ele deixaria seu filho dormir com Jackson. E tive de fazer isso várias vezes, porque me respondia com evasivas. No fim, disse que não”, relatou ele. “Essa gente vive em uma Neverland [Terra do Nunca] própria, muito estranha”, continua.
“As culturas são diferentes e respondem de maneira diferente à ideia de uma figura de autoridade que abusa da confiança que conquistou entre alguns pais. Os países católicos têm suas histórias da Igreja e dos padres, e aí é mais difícil acreditarem que Michael Jackson tenha feito algo errado. Nos Estados Unidos existe o #MeToo e se escutam mais as vítimas”, respondeu ele quando foi questionado sobre o que mais surpreendeu a ele com tamanha repercussão negativa.