Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2021
Internado com Covid desde 13 de março, ator teve o estado agravado após sofrer uma embolia no domingo.
Foto: Reprodução/InstagramO ator e humorista Paulo Gustavo morreu por volta das 21h desta terça-feira (4) no Rio de Janeiro, aos 42 anos, vítma de complicações da Covid-19. Criador de Dona Hermínia e de outros personagens inesquecíveis, ele estava internado desde o dia 13 de março no hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul da capital fluminense.
Conforme informações extraoficiais, o corpo do artista será velado no Teatro Municipal do Rio, que eventualmente é utilizado para cerimônias de despedida de personalidades da cultura.
A piora em seu quadro de saúde aconteceu na noite de domingo (2). Paulo Gustavo vinha apresentando melhoras significativas, chegou a ter redução de sedativos e bloqueadores, interagiu com médicos e também com o marido, Thales Bretas. À noite, no entanto, sofreu uma embolia pulmonar.
Nesta terça-feira, um novo boletim havia divulgado que o ator estava com quadro irreversível, porém mantendo os sinais vitais. Às 21h12min, porém, foi constatado o óbito.
Biografia
Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em Niterói em 30 de outubro de 1978 e estudou teatro na Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio, na mesma turma do também ator e humorista Fábio Porchat.
A primeira peça da qual participou foi “O Surto” (2004), em que dividia a direção com Fernando Caruso. Foi nesse espetáculo que ele apresentou pela primeira vez a personagem Dona Hermínia, que marcaria para sempre a sua carreira. A mãe superprotetora e hilária ganhou um espetáculo próprio em 2006 e chegou ao cinema sete anos depois.
Recorde
Somados, os três longa-metragens de “Minha Mãe é uma Peça” venderam mais de 26 milhões de ingressos entre 2013 e 2020. O terceiro filme teve a maior arrecadação de bilheteria na história do cinema brasileiro: R$ 182 milhões.
Além do sucesso de Dona Hermínia, o ator se destacou pelas comédias “Minha Vida em Marte” (2018) e “Os Homens São de Marte… e É Para Lá Que Eu Vvou” (2014), nos quais contracenou com colega e amiga Mônica Martelli. Ele interpretou o personagem Aníbal em ambas as produções.
Carreira na TV
Na televisão, Paulo apresentou em 2011 o programa “220 Volts”, do Multishow. Dois anos depois, no mesmo canal, ele passou integrar o elenco da sitcom “Vai que cola”, vivendo o malandro Valdomiro Lacerda. O personagem foi um sucesso também na adaptação para o cinema, em 2015.
Ainda no Multishow, o ator protagonizou, ao lado de Katiuscia Canoro, a série “A vila”. Na produção, ele interpretou o ex-palhaço Rique. Ele também foi o apresentador de várias edições do Prêmio Multishow.
Família
Paulo Gustavo se casou com o médico Thales Bretas em 2015. Após um processo de barriga de aluguel feito nos Estados Unidos, eles se tornaram pais de Romeu e Gael, de 1 ano de idade.
Apesar de a personagem mais famosa de Paulo Gustavo, Dona Hermínia, não ser biográfica, ela foi muito inspirada em Déa Lúcia Amaral, mãe do ator.
Em entrevista ao programa “Mais Você”, Paulo chegou a falar, com seu jeito bem-humorado, que a mãe só queria saber dos netos.
“Mamãe começou o VT falando que enlouqueceu sendo avó, como se ela já não fosse louca né? Ela fica do lado de Thales, prefere ser avó do que ser mãe”, brincou o ator.
Como forma de retribuir toda a contribuição da mãe para sua carreira, Paulo Gustavo criou a peça “Filho da Mãe”, na qual dividia o palco com Dona Déa para cantar e contar histórias.